Eu e a Guimba (Ambos Pisados)
       Ela veio de manso, na ginga, no balanço 
 A fim de roubar o que, justo ali, eu não tinha pra dar 
 Mas eu errei foi no momento em que falei: 
 “Só se por cima do meu cadáver você passar!” 
    Pois ela passou 
 E eu virei um presunto, carimbado pela sola da botina 
 Que ela usava pra fazer sua travessia de rotina 
 E com todo o seu charme, agora ausente de ginga,   
 Com o dedo que indica ela petelecava a guimba 
 Pra mim, ela passou 
 Eu me senti, ultrajadamente, um objeto 
 Pisado como a guimba o foi depois do peteleco