Não amasse meu pão, não, não
 
 Não amasse meu pão
 
 Diabo mascarado de cristão
 
 Não amasse meu pão
 
  
  Não amasse meu pão, não, não
 
 Não amasse meu pão
 
 Diabo mascarado de cristão
 
 Não amasse meu pão
  
 
 A corda faz um laço em torno do pescoço
 
 O buraco anda abaixo do fundo do poço
 
 Na esquina estacionado o caminhão do osso
 
 A multidão avança é hora do almoço
  
 
 Osso, osso, osso, osso
  
 
 Me esforço tanto pra fazer valer o esforço
 
 Eu dou o sangue mas ninguém me da a mão
 
 O sossego de alguns é o aperreio dos outros
 
 A imagem é de cortar no meio o coração
  
 
 Não amasse meu pão, não, não
 
 Não amasse meu pão
 
 Diabo mascarado de cristão
 
 Não amasse meu pão
  
 
 Pé de galinha é ouro e gera alvoroço
 
 Um caso de descaso nesse caldo insosso
 
 Do produto final ainda é só o esboço
 
 Mas a língua lambe o prato e engole até o caroço
  
 
 Osso, osso, osso, osso
  
 
 Me esforço tanto pra fazer valer o esforço
 
 Eu dou o sangue mas ninguém me da a mão
 
 O sossego de alguns é o aperreio dos outros
 
 A imagem é de cortar no meio o coração
  
 
 Não amasse meu pão, não, não
 
 Não amasse meu pão
 
 Diabo mascarado de cristão
 
 Não amasse meu pão
  
 
 O pão é meu
 
 Não amasse meu pão
 
 O pão é nosso
 
 Não amasse nosso pão
 
 O pão é vida
 
 Não amasse nosso pão
 
 O pão é pai, é o corpo do filho
 
 Não amasse nosso pão
 
 O pão é amor, uô, uô
 
 Não amasse nosso pão
 
 Não amasse meu pão
 
 Pão nosso
 
 Não amasse nosso pão