Em uma manhã em que eu estive morta A neve da desgraça cai O uivo distante do cão perdido O som das sandálias de madeira ressoa O peso do destino Eu ando encarando Abraçando a escuridão Com um guarda-chuva de olho de cobra Uma mulher percorrendo o caminho da vida As lágrimas já foram abandonadas
Ao longo do rio que eu olhei para trás Os dias da jornada que se afastam A grua que ficou para trás não se move A chuva e o vento choraram A água que desapareceu Refletindo nos cabelos soltos Sem mostrar nem mesmo uma lágrima Com um guarda-chuva de olho de cobra Uma mulher percorrendo o caminho do ressentimento O coração já foi abandonado
Dever e compaixão Lágrimas e sonhos Ontem e amanhã Palavras sem conexão Me entreguei ao rio do ressentimento Eu já abandonei a mulher