Eu tenho mais lembranças do que se eu fosse mil anos Um grande armário com gavetas cheias de balanços
Esconder menos segredos do que meu cérebro triste É uma pirâmide, um cofre enorme Que contém mais mortos do que a vala comum
Eu sou um cemitério abominável da lua Onde como remorso espreita vermes longos Que ainda estão brigando pelos meus mortos mais queridos
Eu sou um velho boudoir cheio de rosas desbotadas Onde está uma confusão de modos obsoletos
Nada combina com os dias coxos Quando sob os frascos pesados anos de neve Fruto do tédio da incuriosidade sombria Toma as proporções de imortalidade A partir de agora você não é mais matéria viva
Esquecido no mapa e cujo humor selvagem Cante apenas nos raios do sol poente