Você não entende
Por que cê não tava lá pra ver
Quando a cortina abriu
O que esses olgos viram
O que esse coração sentiu
Quando a verdade bate à porta
A sanidade volta
E solta as algemas
A revolta é direito civil
E a cada dia sob o olhar vigilante da grana
Diante da fama do amigo que o mundo fez hostil
Cresci e desnutri o ódio
Inverti o critério do pódio, venci
E você nem me viu
Não vou deixar que a dor me vença
Não vou dormir até o mundo ver
Já não espero que me entenda
Se eu me afundar, eu vou levar você
Pode ficar com os seus brinquedo caro
Com os seus desejos raso
E deixa o mundo pra nós
Daqui uns anos seus cordão vão tá enferrujado
E os fones vão tá no talo
Reverberando minha voz
E eu quero mais
Eu quero muito mais que os seus milhão
Eu quero
A consciência dos moleque que saiu do zero
Evolui, fiz o caminho inteiro do inverso
Pra perceber que os seus carros
Não valem um dos meus versos
Eu sou capaz de ver
Pra além da norma
Pra além do que cê ostenta
Tentando se convencer
Eu vejo
Mas não invejo
No fim eu tô acima das nuvens
Daqui você fica pequeninim
É engraçado
Como é fácil te ler
Previsível, inevitável
Determinado pelo berço
Seu lado é óbvio
Sua natureza é retroceder
A minha é virar seu mundo do avesso
E debaixo da ponte
Eu tô lá
Do lado de fora da festa
Eu tô lá
Eu sou verdade
Não da pra me contornar
É tarde de mais pra mudar
Eu não me adaptei ao mundo
Então eu fiz ele se adaptar
Porque
Não vou deixar que a dor me vença
Não vou dormir até o mundo ver
Já não espero que me entenda
Se eu me afundar, eu vou levar você