Velha gaita de oito baixos duas fieiras de botão
 
 Minha teta de índio guacho apojo da solidão
 
 Num canto em que me remacho no mundo que é meu galpão
 
 Contigo converso baixo segredos do coração
 
  
  Minha alma cresce e destapa tudo que herdei dos meus pais
 
 Raiz da cepa farrapa em voz dos meus ancestrais
 
 O pampa bruto carrega no bojo das ressonâncias
 
 Vendo assoprar nas macegas e arvoredo das estâncias
  
 
 Resmungos de algum bochincho rangir de couros e bastos
 
 Saudade até de um relicho rumor de chuva nos pastos
 
 Cochichas que sou o taita que entendes dos teus segredos
 
 Pois minha alma é uma gaita que está na ponta dos dedos