Tentei sair do meu corpo 
 Só que estou grudado demais aqui nesse chão 
 As ruas não são de ninguém 
 E nelas encontro as noites de noventa e três 
    Tudo bem eu entendo 
 Seria mais fácil pedir pra voltar 
 E depos de um tempo longe 
 Fica difícil advinhar quais são os passos teus   
 Ruas, risos e assombrações 
 Querem sempre o melhor pra ver, pra provar   
 Não posso ser visto de perto 
 Não me encaixo nas frases que vejo escritas por aí 
 Afuga é pela manhã 
 Assim saio ileso e surpreso mais uma vez 
 Os carros servem a burguesia 
 A violência pede um corpo   
 E não sabemos muito bem 
 Quais são as chances de encontrar 
 Alguém realmente sóbrio