Já me contaram que você andava
Espalhando todo esse encanto
Já me contaram que agora você inspira
Um bando e tanto
Pobre de mim que não sou das suas
Nunca falei mais do que podia
Pobre de mim, pobre de mim
Que nunca soube o que fazia
Esse seu canto desalmado
Quer machucar sem ser forçado
Eu entendo cada entonação
Cada olhar, cada passo, cada ação
Tudo o que você faz não é mistério
Eu sei de cada escolha, cada critério
Até a mim você conquista
Você quer que eu insista
Recolha todas as suas roupas
Esconda a sua voz e se encolha
Não queira aparecer, isso vai me ofender
Recolha tudo o que é bonito e brilha
Você não precisa disso ainda
Deixe pra outra vez, deixe pra nunca mais
Pobre de mim que estou a par de tudo
Eu não queria saber do seu mundo
Cada detalhe, com riqueza
Cada conquista, nenhuma fraqueza
Pobre de mim, pobre de mim
Eu não queria estar ciente
Saber minúcias, tantos detalhes
Suas festas, risos, os seus pares
Agora não venha dizer que não é por mal
Esse seu encanto artificial
Você não me convence, mas eu me entrego
Você me acalma e eu me enervo
Recolha todas as suas ideias
Você não precisa delas
Não queira aparecer, isso vai me ofender
Recolha-se de uma vez, tenha decência
Tome jeito, saia de evidência
Não queira aparecer, não vá me ofender
Não queira aparecer, não vá me ofender
Não queira aparecer, não vá me ofender