A língua ferina saliva, se torce e cospe
 
 Veneno alheio pro espaço
 
 Fere o próximo e desfaz em pedaço
 
  
  Sem pena e sem piedade ela distorce e torce
 
 Contra, atropela, liquida
 
 Fere a ferida, machuca na entuca
  
 
 Na fatura da inveja ela passa a régua
 
 Inventa, aumenta, acrescenta 
 
 Colando ou não, pelo menos ela tenta
  
 
 Pois a força do bem
 
 Pois a força do bem
 
 Ela reprime e oprime com a força da maldade
  
 
 Cabisbaixo, torto e palhaço, incendeia
 
 Um pouco de escracho pra vida alheia
 
 Fala, escracha, esculacha, incendeia... incendeia
  
 
 Como um tiro dado à queima-roupa que rouba a vida sem pedir licença
 
 Assim são as palavras ditas com descaso, sem decência
 
 São como balas perdidas num mundo de incoerência
  
 
 Preciso ouvir palavras que constroem, não palavras que destroem
 
 Evolução da mente
 
 Se desarma, esvazia o pente... palavras matam
  
 
 Pois a força do bem
 
 Pois a força do bem
 
 Ela reprime e oprime com a força da maldade
  
 
 Cabisbaixo, torto e palhaço, incendeia
 
 Um pouco de escracho pra vida alheia
 
 Fala, escracha, esculacha, incendeia... incendeia