A garrafa é meu reforço intermitente
Um ciclo de escape tão recorrente
Na mesa do bar, transtorno do humor
Entre o álcool e a saudade, não há mediador
E a solidão vira dissociação
Memórias intrusivas tomam a estação
A amígdala dispara, o coração acelera
No sertão da mente, a tempestade nunca espera
O vazio existencial vira ruminante
Pensamentos obsessivos, tão incessantes
Procuro na música um alívio momentâneo
Mas o luto emocional é persistente, instantâneo
Cadê a terapia que o meu bolso não alcança?
Enquanto o trauma dança, a dor nunca cansa
Saúde mental é só um conceito perdido
Num mundo que ignora quem tá tão partido
E a solidão vira dissociação
Memórias intrusivas tomam a estação
A amígdala dispara, o coração acelera
No sertão da mente, a tempestade nunca espera
Vou cantando as dores como forma de regulação
Entre as cordas do violão e a autocompaixão
Porque no sertanejo da alma a luta é real
Quem sabe um dia encontre meu eixo emocional