Te queria disperso, por lei ou por 
 delírio. 
 Me parte o peito em dois, pois já não 
 sou quem eu fui um dia. 
 O inverso da razão, afinal, a quem 
 importa? 
 Eu te diria se isso fosse adiantar, mas 
 ser sincero não me deixa ir além. 
    O dia ressoa o amanhã, fecha os olhos 
 tristes e disfarça. 
 Eu já não sou quem você queria. 
 Talvez eu nunca seja.   
 Por certo não preciso. 
 Dispenso as garantias. 
 Eu mesmo sempre soube, 
 mas quem foi que te avisou.   
 O dia ressoa o amanhã, fecha os olhos 
 tristes e me larga. 
 Eu sempre fui assim, jamais me 
 perdoei. 
 E mesmo ardendo em dor, sigo sempre 
 ao contrário. 
 Sozinho. 
 Imóvel.