Rema faz o remo leve
 
 sente o vento da nascente
 
 silêncio absoluto no rio
 
 viajar ao universo
 
 na estrada pelas águas
 
 há uma nave do interior
 
 Pescador, um horizonte sob o sol
 
 não teme nada, corre o rio
 
 na solidão
 
 Noite ao sol
 
 um oceano o seduz
 
 águas douradas que são paz na escuridão
 
  
  E quando chega o fim da tarde
 
 ao sol que se põe
 
 eu vejo o devorar da noite
 
 por sobre o labor
 
 e quando chega a piracema
 
 os peixes se vão
 
 e no cardume da ovada se vê
 
 pescador.