Vamo ralá, vamo ralá
 
 mandioca tá dura
 
 vamo ralá
 
  
  Deixa moer, deixa moer
 
 mete a cana, mulata
 
 deixa moer
  
 
 Um compasso criado
 
 bem lá no passado
 
 Um passo gingado
 
 do interior
  
 
 Do canto envolvente
 
 nasceram poesias
 
 daquelas que dona Judite cantou
  
 
 O caboco tingido
 
 brincado de negro
 
 O escravo africano
 
 ele retratou
  
 
 Entra nessa roda
 
 e vem brincar com a gente
 
 Cabocos e negros
 
 mistura de amor
  
 
 Vamo ralá, vamo ralá
 
 Vamo ralá mandioca
  
 
 Ao som dos gambás
 
 das noites juninas
 
 meninos, meninas
 
 que o tempo marcou
  
 
 São cor e saudade
 
 pintando a lembrança
 
 dos tempos criança
 
 que o tempo levou
  
 
 São marcas de vida
 
 da minha cidade
 
 Alegrias, verdades
 
 que a gente cantou
  
 
 Entra nessa roda
 
 e vem brincar com a gente
 
 cabocos e negros
 
 mistura de amor
  
 
 -refrão-
  
 
 Vamo ralá, vamo ralá
 
 mandioca tá dura
 
 vamo ralá
  
 
 Deixa moer, deixa moer
 
 mete a cana, mulata
 
 deixa moer