- 1
Ricardo Bergha - Um Dia Cantei Amores
- 2
Ricardo Bergha - No Chaquaio do Pandeiro
- 3
Ricardo Bergha - Vento Norte
- 4
Ricardo Bergha - O Meu Santo Bebe Canha
- 5
Ricardo Bergha - Vou Pintar o Último Gaucho
- 6
Ricardo Bergha - Quando Saio a Cavalo
- 7
Ricardo Bergha - Chinoca
- 8
Ricardo Bergha - Tropeiros
- 9
Ricardo Bergha - Uma Milonga e Mais Nada
- 10
Ricardo Bergha - Despercebido
- 11
Ricardo Bergha - Sete Cavalos
- 12
Ricardo Bergha - Botando Um Pealo
- 13
Ricardo Bergha - Guardiões de Tempo e Distância
- 14
Ricardo Bergha - Parti
- 15
Ricardo Bergha - Só e Tudo
- 16
Ricardo Bergha - Alvorada de Saudade
- 17
Ricardo Bergha - Bico de Carancho
- 18
Ricardo Bergha - A Flor do Cabo da Faca
- 19
Ricardo Bergha - Aqui As Sombras Mateiam
- 20
Ricardo Bergha - Fiel
- 21
Ricardo Bergha - Floreando
- 22
Ricardo Bergha - Japecanga
- 23
Ricardo Bergha - Jeito Simples de Domar
- 24
Ricardo Bergha - Madrugada e Palanque
- 25
Ricardo Bergha - Mais Lindo Que Um Sobre-Lombo
- 26
Ricardo Bergha - Na Metade da Saudade
- 27
Ricardo Bergha - O Doce do Mate
- 28
Ricardo Bergha - Por Que Negar?
- 29
Ricardo Bergha - Seu Timiano
- 30
Ricardo Bergha - Terra Nos Olhos
Jeito Simples de Domar
Ricardo Bergha
Puxo na cincha que é pra deixar bem sujeito
Tapeio a boina e peço uma benção pra Deus
Ponho o rabicho pra tirar cosca da cola
Empurro o potro num abraço de soiteira
E nem que queira eu não deixo veiaquear
(Este é meu jeito cada um tem um ritual
E meus bagual eu costumo arrocinar)
(Este é meu jeito cada um tem um ritual
E meus bagual eu costumo arrocinar)
La na fronteira se monta de campo afora
E tine a espora quando beiçudo se arrasta
Mas cá na serra se monta de garrão limpo
Num velho instinto jeito simples de domar
Eu tiro as coscas no passar do maneador
Sei o valor de um pingo descosquilado
(Deixo mansinho, ligeiro e doce de boca
E andar sereno pra china do meu agrado)
(Deixo mansinho, ligeiro e doce de boca
E andar sereno pra china do meu agrado)
Sei pela baba a hora de botar o freio
E nos arreios levo sempre o maneador
Um tirador balançando no meu costado
E na cintura o meu formiga cortador
Um paisandu que eu nunca vi pisar cavalo
E de regalo um cusco pra me amadrinhar
(Venho ao tranquito num flor de picaço oveiro
Pingo que busca a volta pra me carregar)
(Venho ao tranquito num flor de picaço oveiro
Pingo que busca a volta pra me carregar)
Sei que na vida só não domei meu destino
Mas eu insisto tentando lhe amanunciar
Se um dia o diabo chegar se topar comigo
Sento-lhe as garra e vai ter que me carregar
E quando Deus me chamar pra outra querencia
Sei que mi’alma de acavalo vai estar
(Se o patrão velho me der permisso no céu
Sigo domando e nunca mais vou parar)
(Se o patrão velho me der permisso no céu
Sigo domando e nunca mais vou parar)