Ela conversava com as plantas
Vencia dificuldades tantas
Quando acendia uma vela
Podia ouvir os sons da terra
Ecos do passado
Ecos do presente
Todo caminho que percorreu
Tornou-se sagrado quando aprendeu
A socorrer quem dela precisava
Se a medicina oficial faltava
Recitou suas rezas
Venceu guerra inconclusa
Em seus lábios suas preces
Eram como música
Porque assim como a fé é o que lavra
A cura estava ao alcance de suas palavras
Todo fim, se tornava começo
Pros males do corpo
Útero seco
Castorina soube o que dizer
Aos olhos de quem não podia ver
Que através dos benefícios que realizava
Muito mais de si ela se aproximava
Velha benzedeira
Mãe garbosa
Das garrafadas milagrosas
Conhecia a beleza
No constante fluir da natureza
Sua luta pelo bem não se encerra
Com sua matéria embaixo da terra
Por que assim como a fé é o que lavra
A cura estava ao alcance de suas palavras
E, assim era conhecida e respeitada
A mulher que louvo em minha balada
Em mim inabalada