De repente não há mais 
 Razões pra brigar 
 Contra a corrente que faz 
 Eu me afogar 
    Em minhas próprias desilusões 
 Quem virá me salvar 
 De mim mesmo?   
 De repente não há mais 
 Nada a dizer 
 Apenas palavras normais 
 Frutos do desentender   
 Da quebra das minhas convicções 
 Talvez eu possa queimar 
 A mim mesmo   
 Vou cantar 
 Pra tentar me curar 
 Tentar entender 
 Ou apenas me entregar   
 De repente não há mais 
 Onde eu possa me esconder 
 Da chuva que insiste em voltar 
 Tão ácida a me corroer   
 Fujo das minhas próprias intenções 
 Sinto o ar faltar 
 Sinto o ar faltar   
 Vou cantar 
 Pra tentar me curar 
 Tentar entender 
 Ou apenas me entregar   
 Vou cantar 
 Pra tentar me curar 
 Tentar entender 
 Ou apenas me entregar