Doença que nasce com vida Ela é uma sombra vigilante e paciente Inimiga fiel do homem Sem cessar transformada, rebatizada
Por trás de uma diferente máscara Sei que é sempre o mesmo rosto Sempre os mesmos olhos, ávidos por agonia Sempre os mesmos ouvidos compassivos Ouvindo os nossos gemidos Os nossos batimentos
Passiva e desinteressada Como uma esposa infiel Esses lábios frios e molhados Nos darão o ultimo beijo
A morte é escarlate Para aqueles que experimentam seus tormentos
Estamos para morte como uma filha está para mãe Ela tem suas sepulturas comuns transbordando De vidas incompletas, projetos e esperanças
Como é bom vê-la tão ativa
Abandonados nos braços de outra praga A humanidade aos poucos desaparece Alguns rezam, outros choram