Quando eu saio de casa:
 
 Estou só!
 
 Pego a minha namorada:
 
 Não estou mais só!
 
  
  A gente se leva pra dançar no meio da rua.
  
 
 A cidade embaixo dos nossos pés
 
 Sobe os calcanhares com panfletos e hotéis
  
 
 E nós estávamos bem onde estávamos
 
 Vamos sem precisar de nenhum lugar
 
 Alguém me chama pra queimar
 
 Com uma turma vestida de preto
 
 E eu com a minha camisa branca
 
 Só posso discordar a cara e na praça de vocês
  
 
 Algumas pessoas gostam de mim
 
 Enquanto outras pessoas preferem fingir
  
 
 Universo no mundo particular
 
 Sabedoria na mesa do bar
 
 Mas por mais forte que pareça
 
 Somos fracos, somos todos nós selvagens
 
 Fugitivos do lugar-comum
 
 Filhos da palavra-mestra: viva e faça sucesso!
 
 Que vocês insistem e ensinar
 
 Pros filhos dos filhos de vocês
  
 
 E a essas e outras eu escolho a boemia
 
 À luz do dia, tomando guaraná com a minha avó.