Sumindo além do horizonte Brincando de esconde-esconde Carregando os sonhos meus Lá vai o último trem
Com seu apito pungente Doendo n'alma da gente Tal qual um grito de adeus
-Lá vai o último trem.
Entre acenos, despedidas Levando de nossas vidas Seus mistérios e magias Lá vai o último trem Qual boitatá, noite adentro Levando com ele um tempo De encantamento e poesia
-Lá vai o último trem
Quebrando a calma das tardes Carregados de saudade Vagões vazios de ilusões Depois do último trem Dançam tristonhos os lenços Choramingam, em silêncio Os sinos das estações
-Depois do último trem
Levando imagens singelas Deixando almas taperas À espera de quem não vem Depois do último trem Resta um mundo sem abraços Rastros de solidão no espaço Pedaços de mim, também!