O que foi que fizemos?
Erguemos tais torres à nossa imagem!
O caos reina
Pagaremos caro com fogo e enchentes e com o pranto
Vem docemente a mim, para que tudo possa virar cinzas
E todas as coisas conduzem até aqui
E todos os caminhos até aqui, onde os trilhos terminam e a clareza se dissipa
E todas as coisas conduzem até aqui, onde o coração jaz gris e ressequido
E todas as coisas conduzem até aqui, onde as fissuras se agitam sob teus pés
E todas as coisas conduzem até aqui, onde o véu carmesim desce
O que foi que fizemos?
Erguemos tais montanhas em desafio!
A malícia reina
Eles pagarão caro com pó, com cinzas e com terror, enquanto os próprios céus derramam fogo
É o medo que conhecerão, ao cair sobre suas coroas em forma de efígies
Cinza à cinza, pó ao pó
Este mundo há de perceber sua decadência
Oh, pecados da bússola de ferro!
Por que os guiam até aqui?
Nascidos e criados em caminhos perversos, onde a razão se dissipa
Vestidos de pastores, conduzem os cordeiros ao abate
Esquartejados da inocência, os cordeiros jazem, balindo, nus
Eles falam de renascimento? Uma praga sobre sua nova era!
Por certo, reina a loucura?
Contaminados pelos restos do que veio antes, hão de tropeçar e então cair
Agora, tudo o que resta é cavar a merda
Então, eu rezo por paz em meio à loucura
Seja livre e sem dor!
Rezei por tua santa misericórdia, ou assim pensei
Então ouve-me agora, prostrado ao chão
Renuncio a mim mesmo, para que os ventos possam levar-me para o oeste
Seja livre e sem dor!
Rezei por tua santa misericórdia!
Ou assim senti?
Assim, nestas fissuras, sacrifico o caminho mortal em favor de ti
Consagro-te estes ossos, este corpo mortal é teu para guardar
Eis aqui este vaso!
Faz dele o que quiseres, antes que tudo se perca
Antes que tudo se perca, viverei para sempre em exílio