Na sala de um hospital, às 9:43
Nasceu Simón, é o verão de 73
O orgulho de Seu Andrés, por
Ser varão. Foi criado como os
Demais, com pulso firme, com severidade
Nunca opinou. Quando crescer, vai estudar
A mesma coisa que o seu pai, ouça bem
Terá que ser um grande varão. Pro estrangeiro
Lá se foi Simón, longe de casa, ele esqueceu daquele
Sermão. Mudou a forma de caminhar, usava
Lápis labial e uma bolsa. O povo conta que um dia
O pai foi visitá-lo sem avisar, nossa, que erro!
Uma mulher falou com ele, ao passar, disse: "Oi! Tudo bem, papai?
Como vai? Não me conhece? Eu sou o Simón
Simón, o seu filho, o grande varão
Não se pode corrigir a natureza
Árvore que nasce torta, seu tronco jamais
Se endireita
Se deixou levar pelo que disse o povo, seu pai nunca mais
Falou com ele, o abandonou para sempre
Não se pode corrigir a natureza. Árvore
Que nasce torta, seu tronco jamais se endireita
Não se pode corrigir a natureza. Árvore que nasce
Torta, seu tronco jamais se endireita
Não se queixe, Andrés, não se queixe de nada
Se do céu caírem limões, aprenda a fazer limonada
Não se pode corrigir a
Natureza. Árvore que nasce torta, seu tronco jamais
Se endireita
Aleleleleli alelelele aleleleleleee
Alelelelelei alelelele aleleleleleleeee
Numa sala de um hospital, de uma estranha doença
Morreu Simón. É o verão de 93, pelo enfermo da
Maca 10 ninguém chorou. Simón, Simón
Simón
Não se pode corrigir a natureza. Árvore
Que nasce torta, seu tronco jamais se endireita
Sonora tropicana