O Ciclista

Souza e Monteiro

Eu falo a verdade, não sou um atleta
Mas sempre gostei de uma bicicleta
Que tem a equipage boa e completa
Ninguém não me arcança numa linha reta

Um porta-bagage pras moça sentá
Uma campainha pro povo alertá
Um freio traseiro para mim brecá
Quando o perigo vier me visitá

Eu sou um corisco quando entro na pista
Quem tiver me oiando me perde de vista
Eu faço questã que o freguês assista
A ciência que tem um velho ciclista

Se o pneu estora dentro da rodage
Eu pego um manchão no porta-bagage
Eu faço um conserto e sigo viage
Mexendo com as moça fazendo visage

No quidão da mocha tem duas bandeira
Uma é do meu clube e outra é brasileira
Saio pedalando sem fazê poeira
Não vejo ninguém na minha dianteira

Não estou provocando e ninguém desafio
Mas topo corrida de São Paulo ao Rio
O rico patife que até deu arrepio
Eu cheguei na frente com o pneu vazio

Quando o páreo é duo ninguém não me ganha
Eu tenho um bom câmbio pra subir montanha
Eu já competi com o campeão da Espanha
Quando ele perdeu começou com manha

Falo com franqueza com a cabeça erguida
Dou tudo que eu tenho por uma corrida
Eu levo no bolso pra salvar a vida
A imagem da santa lá da Aparecida
Eu levo no bolso pra salvar a vida
A imagem da santa lá da Aparecida

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