Um sentimento sórdido, estranho 
 Que cena infeliz 
 E tão irreal 
 É a esperança cega 
 O medo de viver 
 Ficar até o final 
 Mas tudo vai mudar 
 Um dissabor que gruda na tua boca 
 Um pesadelo sádico 
 Vai te encantar 
 Escuridão me envolve e eu te sinto aqui 
 A Lua ainda vai me alcançar 
    E eu não vou deixar tu 
 Me salvar 
 Sei que eu prefiro correr 
 Eu quero dançar 
 E me esgotar 
 Às margens da sala de estar   
 As minhas paredes sangram 
 E mancham o azul 
 Parece que elas sabem 
 O que eu guardo aqui 
 E a ansiedade chama 
 Pelo teu nome 
 Nunca mais vou sentir 
 E eu quero rasgar o 
 Teu cola 
 Sei que prefiro saber 
 Eu não vou deixar tu 
 Se encontrar 
 Muito melhor se perder   
 Não vou mais secar 
 As gotas da chuva 
 Não vou dividir 
 Minha alma em pedaços 
 Não vou mais deixar 
 Que abra um espaço 
 Não vou mais sorrir 
 Perante a desgraça 
 Não vou mais deixar 
 Que ninguém o faça 
 Não vou mais correr 
 Atrás de sentido 
 Não vou mais sentir 
 Que a a vida é corrida 
 Não vou mais viver 
 Correndo perigo   
 Meus pé se cansam 
 Minha boca pede água 
 É o pressentimento 
 De algo incomum 
 É o dissabor das lágrimas 
 Que caem no chão 
 É o meu eu voltando à escuridão 
 As minhas paredes sangram 
 E mancham o meu céu