Pois é, meu velho, a gente te que curtir, sabe? 
 Deus te abençoe, meu filho! 
    Meu velho, e aquele som da antiga 
 Que fundia a cuca da turma da pesada? 
 Como é que era?   
 Deixa o velho em paz 
 Com as suas histórias de um tempo bom 
 Quanto bem lhe faz 
 Murmurar memórias num mesmo tom   
 A sua cantiga, revive a vida 
 Que já se esvai 
 Uma velha amiga, outra velha intriga 
 E um dia a mais   
 Vão nascendo as rugas 
 Morrendo as fugas a as ilusões 
 Tateando as pregas 
 Se deixa entregue às recordações   
 Em seu dorso farto 
 Carrega o fardo de caracol 
 Mas espera atento 
 Que o céu cinzento lhe traga o Sol   
 Ele sabe o mundo 
 O saber profundo de quem se vai 
 O que não faria 
 Pudesse um dia voltar atrás   
 Range o velho barco 
 Lamento amargo do que não fez 
 E o futuro espelha 
 Esse mesmo velho que são vocês   
 Range o velho barco 
 Lamento amargo do que não fez 
 E o futuro espelha 
 Esse mesmo velho que são vocês