Eu confesso
 
 Que gosto das moças do bairro onde eu moro
 
 Do estilo indie-hippie-retrô-brasileiro
 
 Que habitam os bares e ruas daqui
 
 E eu não quero deixar ninguém ver que eu sou mesmo
 
 O que pensam de mim quando me veem na rua
 
 Classe média enjoada com pinta de artista
 
 Será que eu sou tão previsível assim?
 
 Essa não, ai meu Deus
 
  
  Que tragédia, eu não posso viver sendo igual a ninguém
 
 E eu pensei que era inteligente, mas de nada eu sei
 
 Minha mãe me falou que bonito era eu, mais ninguém
 
 Como pode a mãe dele ter dito pra ele também?