Quando se vê um pequeno sabiá
Sem ter força pra voar
Numa gaiola de tela
Seca a titela e se morrer foi de desgosto
Só porque não teve o gosto
De voltar pro lugar dela
É muito lindo o cantar do sabià
Quando sai pra procurar
Comida pro gurizinho
Deixa os filhinhos esperando pelo pão
As vezes cai num alçapão
E nunca mais vem pro seu ninho
Os passarinho são das montanhas e das neves
Se nada fez nada deve
Não nasceram pra sofrer
Não sei porque pra eles não tem jurado
Pra que tanto advogado
E eles preso sem dever
Peço aos amigos que prenderem os passarinhos
Não prendam mais os bichinhos
Tenham mais capacidade
É a verdade faça tudo que quiser
Que os pássaros também quer
Ter a nossa liberdade
