1. 1

    Tribo de Jah - Além Do Véu De Maya

  2. 2

    Tribo de Jah - Babilônia Em Chamas

  3. 3

    Tribo de Jah - 2000 anos

  4. 4

    Tribo de Jah - Battle For Another Life

  5. 5

    Tribo de Jah - Chama

  6. 6

    Tribo de Jah - Refens da Violência

  7. 7

    Tribo de Jah - Jah Aqui e Agora

  8. 8

    Tribo de Jah - De Teresina à São Luis

  9. 9

    Tribo de Jah - Uma Onda Que Passou

  10. 10

    Tribo de Jah - Roots Civilization

  11. 11

    Tribo de Jah - Reggae No Luau

  12. 12

    Tribo de Jah - World Inna Transition

  13. 13

    Tribo de Jah - Não Basta Ser Rasta

  14. 14

    Tribo de Jah - Impunidade

  15. 15

    Tribo de Jah - I Know Only One Jah

  16. 16

    Tribo de Jah - Ruínas da Babilônia

  17. 17

    Tribo de Jah - Fogo e Água

  18. 18

    Tribo de Jah - Regueiros Guerreiros

  19. 19

    Tribo de Jah - Abidjan. Abidjan

  20. 20

    Tribo de Jah - Oh Jah, Oh Jah!

  21. 21

    Tribo de Jah - Morena Raiz

  22. 22

    Tribo de Jah - Babylon System

  23. 23

    Tribo de Jah - Reggae Na Estrada

  24. 24

    Tribo de Jah - Um Homem Rude

  25. 25

    Tribo de Jah - O Abismo do Consumismo

  26. 26

    Tribo de Jah - Azul Da Cor Do Mar

  27. 27

    Tribo de Jah - Ilhas Flutuantes

  28. 28

    Tribo de Jah - Quando O São João Chegar

  29. 29

    Tribo de Jah - Reggae No Rio Grande

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    Tribo de Jah - Princesa Nativa

Além Do Véu De Maya

Tribo de Jah

Rio de Janeiro no inverno
A brisa é fria mas o frio é terno
Eu sigo a orla ao longo da Barra
A tarde avança mas ainda é clara
Não me é estranha essa sensação de caminhar a esmo
Seguir sem direção, só, comigo mesmo
Sem me importar em ir ou voltar
Sem ter que chegar a algum lugar
Andar, andar, até cansar

Não interessa o que aconteça
Eu não tenho pressa
Embora não pareça a vida não cessa
Eu sei, depois dessa ela prossegue ou só recomeça

Eu sinto o Sol
Eu sinto o seu calor ameno
Eu sigo só
Só, eu sigo, comigo mesmo

Eu sei que você pensa em mim e lembra de mim
Mas eu não sou assim como você vê
Como você pensa que eu possa ser

Você vê o meu corpo e pensa que sou eu
Ele não é eu ele não é meu
É só uma dádiva dada emprestada
Deus foi quem me deu por breve temporada
É só uma roupagem, densa embalagem
Que não me pertence
Aliás, nada me pertence nesse mundo
Tudo é transitório, tudo é ilusório
Ainda que se pense que o que se vê é pura realidade
Na verdade, o que se está a ver
Não é mais que um lapso
Distorcido da eternidade

O Sol se esvai
A noite cai tão sutilmente
Conforme o Sol se vai
Eu sinto a terra girar quase que imperceptivelmente
Assim a gente vai
Seguindo rumos tão diferentes
Caminhos desiguais
Mais e mais distantes, continuamente
Mais e mais distantes, definitivamente

A cidade é um corpo disforme
Que se espalha enorme sobre a crosta terrena
Uma intrigante cena ela desperta e dorme
E deixa alguns espasmos
Ou então se consome em todo o seu marasmo
Um mundo formigante, milhões de habitantes
Todos tão imersos em seus universos
Presos aos grilhões do não saber
Das limitações de todo ser vivente dessa dimensão

Almas presas aos corpos
Sob espesso véu de ilusão
Até que estes estejam mortos
Deixarão então essa condição
E verão que corpo é só casual
Composição genética, constituição carnal
Eu poderia nascer indiano, sino africano, viver muitos anos

Pra depois morrer e voltar a nascer
Como alemão ou americano
Porque então tanta animosidade
Se alma não tem nacionalidade
Alma não tem cor, alma não tem sexo
Esse papo de alma gêmea não tem nexo

Eu vejo o céu
Atrás do véu de ilusão
Um doce lar
Além do mar da imensidão

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