Roda de capoeira pra jogar
Água de bebedouro pra sede matar
Dia sem hora certa pra acabar
Canto que lava a alma de quem escutar
Reggae a sua vida
Que um pé de plenitude aí dentro vai brotar
Quando a chuva passar
Escorre toda mágoa que te consumia
Ó o sol de novo, saiu pra todos, sombra pra poucos
Juntos somos, o mesmo solo, todas e todos
Sobrou pro povo, nem pão com ovo, sobrou só osso
Me dá um pouco, me dá um troco, senão eu tomo, te tiro o sono, levo seu ouro
É no batuque do tambor
Que eu sinto esse calor
Respeito é o nosso valor
É no batuque do tambor
Seja você quem for
Branco, preto, senhora, senhor
Me molho na chuva porque sei que o sol me seca
Pau pra toda obra, vento leva o barco a vela
Bem bem, batuque de tambor
Bem bem ooô
E traz o batuque
Traz o axé
Pra viver nesse mundo
Cheio de mané
Foca nos parceiros
O nosso dinheiro
Ta sendo levado
No maior migué
Banqueiro safado
Rouba a milianos
País governado
Por milicianos
Fantoches de quem
Não quer paz
E nem igualdade
Pros seres humanos
Às vezes eu fico
Muito revoltado
Com esses fascistas
Nazistas safados
Mas algo em mim
Diz que tem que ter fé
Foca na sua arte
Família e mulher
Que um dia o mundo
Vai entrar no eixo
Eu levo o amor do
Meu Pai no meu peito
Enquanto o mundo
Segue desse jeito
Eu tenho
Que ter fé
Sagrada chuva, molhe todos nós
Levando o medo, trazendo a cura
Que ninguém ouse calar a nossa voz
Que toda alma evolua pra se encontrar
Solte todos nós
Levanta cedo, cresce e muda
Não tema a noite, que o sol vem logo após
Em cada fase uma lua para renovar
Me molho na chuva porque sei que o sol me seca
Pau pra toda obra, vento leva o barco a vela
Bem bem, batuque de tambor
Bem bem ooô
