1. 1

    Vagale - Descomunal

  2. 2

    Vagale - Eu Dedico a Você

  3. 3

    Vagale - Placebo

  4. 4

    Vagale - Ablassem

  5. 5

    Vagale - Ainda Não Acabou

  6. 6

    Vagale - Ainda Não Acabou (33,3)

  7. 7

    Vagale - Alvo

  8. 8

    Vagale - Âncora

  9. 9

    Vagale - As Dificuldades

  10. 10

    Vagale - Bossa

  11. 11

    Vagale - Cães

  12. 12

    Vagale - Diga Adeus

  13. 13

    Vagale - Jorge

  14. 14

    Vagale - Meu Silêncio É Tudo o Que Tenho a Dizer

  15. 15

    Vagale - Mude Dias Normais

  16. 16

    Vagale - Ninguém

  17. 17

    Vagale - No Chão Sujo

  18. 18

    Vagale - No Mar

  19. 19

    Vagale - Nunca Existiu

  20. 20

    Vagale - Onde a Poeira Ainda Desce

  21. 21

    Vagale - Pra Esquecer

  22. 22

    Vagale - Saudade É Pra Quem Fica

  23. 23

    Vagale - Só Eu

  24. 24

    Vagale - Tundagatingnagaé

  25. 25

    Vagale - Um Ano

  26. 26

    Vagale - Vivo Numa Democracia

Jorge

Vagale

Jorge era um cara
Sonhava muitas coisas
Trabalhava de garçom
Ganhava quase nada

Seu rosto condenava
Uma vida incompreendida
Segundo a vizinhança
Uma alma azarada

Jorge não gostava de hipocrisia
Então não falava com ninguém
Só com o cliente que atendia

Certo dia ele pensou
Vou sair daqui
Aqui não é o meu lugar
Aqui eu não vou progredir

Meu pai eu não conheci
Minha mãe no céu está
As contas não posso pagar
Eu vou seguir o meu próprio radar

Juntou suas poucas roupas
Sem rumo foi a pé
Pegou carona na pista
Com um cara chamado Zé

Zé era um cara
Sonhava poucas coisas
Medico aposentado
Em São Paulo capital

E lá foi Jorge viajando
No meio da viajem
Pensou numa família
Uma mulher de olho azul achar

Seu sotaque interior
Encantou o velho Zé
Ofereceu-lhe uma hospedagem
Durma hoje em casa se quiser

Jorge muito agradecido
Não podia recusar
Estava sozinho
Ele e seus orixás

A cidade era tão grande
Quando ele chegou
O cimento te engoliu
Junto as luzes do metro

Toda vez que em falso pisar
Ruído branco é seu radar

A noite vira dia
A cidade acorda e Jorge
Agradece a estadia
Vai tentar a sua sorte

Zé observa
A ingenuidade
Vestida de ousadia
São coisas da idade

A vida é uma aposta
E a gente joga contra
Viciados em nos viciar
Viciados em massagear

O nosso ego
Pra que perceber
Que somos tão vazios
Que da eco

Espero que mude
E o mundo não se curve
A ninguém, quem for
Se não for pedir demais

Jorge ainda é um cara
Que sonha muitas coisas
Trabalha de garçom
Em São Paulo capital

Seu rosto ainda condena
Uma vida incompreendida
Segundo a cidade toda
Pessoa despreparada

Nem sempre tem um final
Tudo bem, a gente encontra

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