Se olhando de perto ninguém é normal 
 Pra que perder tempo sendo comum? 
 Se engana mais fácil uma multidão 
 Do que apenas um 
    Nos bares, nas esquinas 
 Bancos, supermercados 
 Nas casas de família, nos almoxarifados 
 Nas portas das escolas, no morro, no asfalto 
 No som que que vem das ruas do congresso e planalto   
 Se olhando de perto ninguém é normal 
 Pra que perder tempo se do comum? 
 Se engana mais fácil uma multidão 
 Do que apenas um   
 Na sala, na cozinha e no disco riscado 
 Nas bancas de jornal e no prédio ocupado 
 Nas portas de boutique, baile funk, comício 
 No centro, na favela e no pátio do hospício 
 Hospitais, aeroportos, escritórios, oficinas 
 E no centro dos gramados 
 Nos postos de gasolina 
 Igrejas, terreiros em toda panaceia 
 No topo das paradas, no palco e na plateia   
 Só o necessário 
 Só o necessário, não me satisfaz 
 O extraordinário 
 O extraordinário é que é demais   
 Nos bares, nas esquinas 
 Bancos, supermercados 
 Nas casas de família, nos almoxarifados 
 Nas portas das escolas, no morro, no asfalto 
 No som que que vem das ruas do congresso e planalto   
 Na sala, na cozinha e no disco riscado 
 Nas bancas de jornal e no prédio ocupado 
 Nas portas de boutique, baile funk comício 
 No centro, na favela e no pátio do hospício 
 Hospitais, aeroportos, escritórios, oficinas 
 E no centro dos gramados 
 Nos postos de gasolina 
 Igrejas, terreiros em toda panaceia 
 No topo das paradas, no palco e na plateia