A Confraternização Armada

Walther Bernardinno

Fui convidado pra tocar em uma festa de confraternização
Numa fazenda lá pras bandas de angicos, endereço do sertão
Mandaram um cheque o pagamento adiantado
Assinado e carimbado do banco da produção

Saí de casa com minha banda formada, eu, garapa e zé tição
Qual de costume, nos vestimos a caráter para dar boa impressão
Levamos: Bombo, triângulo, acordeão, ripinique, violino, pandeiro e violão

Chegamos lá e era luz de candeeiro e Padin Ciço no salão
Todos vestidos de tragédia de cangaceiro e começamos o refrão
Notei que ele estavam muito bem armados
Com fuzis, atravessados, cinto de balas e facão
Oia: Foi trupé! Viu!
Depois de duas horas: Zé tição arreou o bombo pra descansar um pouquin ah!
Rum? Capitão virgulino falou: Êpa! Nun para não! Visse cabra? Cabra!
O Garapa: Azedou!
O zé tição: Ficou foi branco, e eu, todo borrado
Cantei a noite inteira

É lamp! È lamp! É lamp! E é lamp! È lampião
Seu nome é virgulino apelido lampião
Seu nome é virgulino apelido lampião

Tava: Moderno, cacheado, pitombeira, vila-nova e capitão
O moita braba, vorta sêca, luiz Pedro, passarinho e damião
José sereno, juriti, mané moreno, sabonete, português, moderno de chapelão
Tava também: Jacaré, neném e gato, gorgulho, velocidade
Corisco, marreca e cão

Fui convidado pra tocar em uma festa de confraternização
É lamp! É lamp! É lamp! E é lamp! É lampião
Seu nome é virgulino apelido lampião, seu nome é virgulino apelido lampião

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