Entre duas perguntas No vazio entre dois dias fica Nada mais a dizer Nenhuma pena mais para lastimar e eu Peguei o carro E fiquei de joelhos em frente dele Eu disse: Estou perdido Eu nunca estive
Eu e o carro E o enxame de abelhas no estômago E as ruas que eram para ser batidas Nós nos suportamos, entretanto Há de dois dias O carro ficou de joelhos
Ele disse Estou perdido Eu nunca estive
Estou perdido Eu não sei onde estamos Eu estou perdido Cego daqui em diante, eu não sei
Estou perdido Eu não sei onde estamos Eu estou perdido Cego daqui me diante Cego daqui em diante Daqui em diante
Eu e meu estômago E minha cabeça perdida meu colarinho fomos Solenemente cegos de dois pés Que nada dizem Exceto: Deixe-se vencer E caia finalmente de joelhos Eu disse Estou perdido Eu nunca estive
Estou perdido Eu não sei onde estamos Estou perdido Cedo daqui em diante, eu não sei
Estou perdido Eu não sei onde estamos Estou perdido Cedo daqui em diante Cedo daqui em diante Daqui em diante
E nem um quilômetro para fora do portão Ressoa um bramido e canta um coro de homens Então fez-se silêncio e no meio e em frente A pausa coloca novas bobagens em meu ouvido
E eu... Estou perdido Eu não sei onde estamos Estou perdido Cedo daqui em diante, eu não sei
Estou perdido Eu não sei onde estamos Estou perdido Cedo daqui em diante, eu não sei
Estou perdido Eu não sei onde estamos Estou perdido Cedo daqui em diante, eu não sei
Estou perdido Eu não sei onde estamos Estou perdido Cedo daqui em diante Cedo daqui em diante Daqui em diante