1. 1

    Gerônimo - É d'Oxum

  2. 2

    Gerônimo - Eu Sou Negão

  3. 3

    Gerônimo - Lambada da Delícia

  4. 4

    Gerônimo - O Amor Da Muda E Do Mudo

  5. 5

    Gerônimo - Jubiabá

  6. 6

    Gerônimo - Melô Do Gato

  7. 7

    Gerônimo - Hino Ao Senhor do Bonfim

  8. 8

    Gerônimo - Agradecer e Abraçar

  9. 9

    Gerônimo - Dandá

  10. 10

    Gerônimo - A gata devoradora

  11. 11

    Gerônimo - É do Mar

  12. 12

    Gerônimo - Abafabanca

  13. 13

    Gerônimo - Kirica na Buçanha

  14. 14

    Gerônimo - Bela Oxum

  15. 15

    Gerônimo - Cidade Da Pomba (beira Do Mar)

  16. 16

    Gerônimo - Oxóssi (Ille Asipa)

  17. 17

    Gerônimo - Surpresas Tem o Pelô

  18. 18

    Gerônimo - Antonieta

  19. 19

    Gerônimo - Direito do Viado

  20. 20

    Gerônimo - Gatinha Devoradora

  21. 21

    Gerônimo - Gatinho Angorá

  22. 22

    Gerônimo - Banzo do Dique

  23. 23

    Gerônimo - Coração Viçoso

  24. 24

    Gerônimo - Epílogo

  25. 25

    Gerônimo - Fumo e Mel

  26. 26

    Gerônimo - Janeiro Chegou

  27. 27

    Gerônimo - Mameto Kalungá

  28. 28

    Gerônimo - Menino do Pelô

  29. 29

    Gerônimo - Paó (part. Saul Barbosa)

  30. 30

    Gerônimo - Pastores do Mar

  31. 31

    Gerônimo - Vem Me Conhecer

Surpresas Tem o Pelô

Gerônimo

O Pelourinho tem muita história eu vou contar
Por mil imagens de alberianas exóticas
Pedro e Nazário dois negros lindos do Calabar
Um bairro pobre encurralado a beira-mar

Vinham pro mangue admirar as belezas gregas
Lindas princesas numa fissura de graças negras
Pedro e Nazário agora escravos de amor
Adonde antigos antepassados sentiam dor

Uma francesa no brega-bar cantina da Lua
E era linda como a cidade, um alerquim
Pedro e Nazário, ô mon chevieu, ô mon amour
Nô s'émouvoir
Temps is onet avec tu

A gringa ria, se desmanchava do afro-francês
Prima palavra quebrando a torre de Babel
Yo tene love you, te quiero mucho, te vogliobene
O amor de Roma no Pelourinho cantam Pompéia

Na meia-noite de uma bênção cai a magana
Chega a polícia Pedro e Nazário entram em cana
A Lua nova representando toda a cidade
E negros livres cantavam sambas, ora direis

Roque e Rufino dois feiticeiros de meia-idade
Se era mentira, se era verdade isso eu não sei
Só sei que de uma briga acabou-se a grande amizade
Roque e Rufino agora inimigos, direis

Não se trocavam, não se falavam nem um bom dia
Só eram rezas, só eram pragas e bruxarias
E peleavam suas mandingas nada valiam
Até que um dia, o sortilégio, tempo virou

Os feiticeiros se preparavam na encruzilhada
No mesmo dia, na mesma hora, cartas marcadas
Três vezes eles pediram para o mesmo Exu
Ao inimigo tirasse a vida e se proteger

Depois do feito, Roque e Rufino passaram mal
Uma dor estranha os invadia, era o final
O mesmo santo, a mesma sorte, o mesmo azar
E essa história de boca em boca no mangue está

Os dois morreram da mesma forma, da mesma força
Pedro e Nazário voltam ao mangue mais uma vez
Mostrar a sorte, o corpo, a vida, amor talvez
O grande golpe, correr o mundo com seu troféu

E tropeçando, cantaram foram desafinados
Sorrindo para o destino
Que é a mensagem desta canção

La vida te da sorpresas
Sorpresas te da la vida, ay, Dios
La vida te da sorpresas
Sorpresas te da la vida, ay, Dios

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