1. 1

    Preto Jóia - Eu Sou da Lira, Não Posso Negar

  2. 2

    Preto Jóia - Adolã - A Cidade Mistério

  3. 3

    Preto Jóia - Brasil, Marca Tua Cara e Mostra Para o Mundo

  4. 4

    Preto Jóia - Liberdade Liberdade, Abre As Asas Sobre Nós

  5. 5

    Preto Jóia - Marquês Que É Marquês, do Sassarico É Freguês

  6. 6

    Preto Jóia - O Aperreio do Cabra Que o Excomungado Tratou Com Má-querença e o Santíssimo Não Deu Guarida

  7. 7

    Preto Jóia - A Realeza Africana de Niterói

  8. 8

    Preto Jóia - Água Para Prover a Vida

  9. 9

    Preto Jóia - Arthur X , O Reino Do Galinho De Ouro Na Corte Da Imperatriz

  10. 10

    Preto Jóia - Cruzando Olhares

  11. 11

    Preto Jóia - João e Marias

  12. 12

    Preto Jóia - Na Festa da Penha

  13. 13

    Preto Jóia - Não Existe Pecado do Lado de Baixo do Equador

  14. 14

    Preto Jóia - Noventa Milhões em Ação

  15. 15

    Preto Jóia - O Brasil de Duas Imperatrizes: De Viena Para o Novo Mundo. Carolina Josefa Leopoldina, de Ramos, Imperatriz Leopoldinense

  16. 16

    Preto Jóia - O Domingo É Especial

  17. 17

    Preto Jóia - O Que É Que a Bahia Tem

  18. 18

    Preto Jóia - Rainha de Ramos

  19. 19

    Preto Jóia - Todo Menino É Um Rei

  20. 20

    Preto Jóia - Vazei

O Aperreio do Cabra Que o Excomungado Tratou Com Má-querença e o Santíssimo Não Deu Guarida

Preto Jóia

Rastro de fogo perfumando a venta
Muganga de boiadeira, poeira, anunciação
No horizonte o lume do candeeiro
A sombra dos cangaceiros
O reino de lampião
Sobre a terra seca, centelha
Vermelha de espinhos e flores
De um povo marcado, surrado
Foi brado de nobres valores
Gibão de couro e bornal
Chapéu de Lua e luneta
A faca e o terço, um afã
Fama que fez a reza, entre cordas e violas
Morte e vida Severina no romper da manhã

Diacho, é hoje que a bala cantando voa
Gritava a cabra, valente que só o cão
A má-querênça disparou seu parabelo
Nem a guarda do inferno deu conta do capitão

Aperreado foi simbora no costado
De um azulão alado, na imensidão do céu
Buscou guarida na santíssima morada
Onde Pedro é velha-guarda, mais uma Silva foi o réu
Arreda, homi! Nessa casa tu não entra
Trovejou a excelência no portão do casuá
Rogou são Jorge, Nazaré e dona Penha
Gabriel leu a sentença: O sertão é seu lugar!
Sem a bença do padin foi morar
No talho de barro, na asa morena
Na presa de fera que corre a ribeira
Sol no baixo de Gonzaga
Na coroa ardendo em brasa
Da Imperatriz rendeira

Deixa lumiá, lutar é minha sina
Quero ver bater de frente com o bando da Leopoldina

Sobe o morro do galego protegendo do balaço
Cada lampião aceso por outros que apagaram
Desce o morro do galego
Vai riscando o chão de giz
Feito lampião aceso
Ilumina a imperatriz

Playlists relacionadas Ver mais playlists

Momentos

O melhor de 3 artistas combinados