Quebranto

Sangue de Barro

A velha rezadeira expulsando o quebranto
Expulsando a inveja, também a usura
Um pezinho de arruda plantado no canto
Tem erva que mata, tem erva que cura

A cigarra cantando hipnoticamente
Tanajura ganhou mundo avoando
Deu pra ver o sorriso do quarto crescente
Quando o vento bateu a porta gritando

Venham ver!
A folha seca dançando arteira
Ela dança entrosada com a poeira
E a bage da algaroba espalhada no chão

Venham ver!
O redemoinho no meio do terreiro
Sacudindo as folhas do juazeiro
Assanhando o cabelo da vegetação

Tá abrindo a boca desde ontem
Isso só pode ser olhado
Oh menino, sai da porta
Deixa a mazela de lado

Chegando em casa lembre de botar
Logo essa blusa pra lavar
E pendure uma figa no pescoço
Pro olho gordo não vingar

Os santos na parede vão ajudar à melhora
Caruara, caruara

A cera apanha do fogo, então a vela chora
Caruara, caruara

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