2020 Aloprado (O Eterno Granadeiro)

Sete Sangria's

Um dia o 2020 tocou fogo no quartel
Mas só o que ele queimou a choupana do Coronel
E o Coronel bem bravo, mandou prender o soldado
Assim começa a história do 2020 aloprado.

Procurei uma junta, se alistei no E.B.
Fui mandado a Brasília, pra servir no BGP
Já no primeiro dia, rasparam meu cabelo
vesti a verde oliva, começou o pesadelo

Ouço som da corneta, toque de alvorada
Será que estou sonhando, pois ainda é madrugada
Um baixinho estrelado, com o apito na mão
Puxou minha coberta, me chamou de pustulão

Numa fila indiana, pra tomar o caol
Posições sem sentido, pra tomar banho de sol
Nem bem tomei café, começou a ordem unida
O coturno me apertava, saiu calo, deu ferida

Oh Oh por amor a minha pátria
Granadeiro eterno eu sou
Oh Oh mas eu não desisto nunca
Porque brasileiro sou

O sargento Rodrigues, com uma cara de mau
Apresentou-me uma namorada, que se chama: F.A.L.
Farda de gala, continência pra bandeira
Não sei se sou paquito ou soldado de madeira

Vou bater o meu bandeco, to exausto, to cansado
Me desloco para o rancho, comer frango metralhado
Já peguei meu olerite, quase tudo é descontado
Vou pescar no viaduto, batalhar alguns trocados

Oh Oh por amor a minha pátria
Granadeiro eterno eu sou
Oh Oh mas eu não desisto nunca
Porque brasileiro sou

Hoje tem clássico no banheiro, tem partida de cubol
Perderam o sabonete, foram tirar no hospital
E no estande de tiro, nós ralamos pra caralho
Enquanto os oficiais, jogavam baralho

Oh Oh por amor a minha pátria
Granadeiro eterno eu sou
Oh Oh mas eu não desisto nunca
Porque brasileiro sou

Terminou a quarentena, vamo sair dar um rolé
Estamos todos no cio, a procura de mulher
Domingo se tem missa, visitamos o capelão
Furtamos vinho tinto, para a roda de violão

Olhei no quadro a escala, começou minha viagem
Vou fumar um baseado, escondido na garagem
Tirei guarda, no planalto, Granja do Torto, que mansão
Só que sempre no meu posto, aparecia assombração

Oh Oh por amor a minha pátria
Granadeiro eterno eu sou
Oh Oh mas eu não desisto nunca
Porque brasileiro sou

Jaburu, Casa da Dinda, que jardim que imensidão
Eu pareço um cão de guarda, com o fuzil na minha mão
Fui passear na área vermelha, no Conjunto Nacional
Quanta mulher bonita, e os P.E. pagando pau

E chegou a primeira baixa, os santinhos foram embora
Ficaram só os malucos, da pesada que apavora
Enfim após um ano, chegou a minha hora
Desculpe meus amigos, o aloprado vai embora

Peguei minha reservista, e quase não acreditei
Confesso meus amigos nesse dia eu chorei.

Oh Oh por amor a minha pátria
Granadeiro eterno eu sou
Oh Oh mas eu não desisto nunca
Porque brasileiro sou

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