1. 1

    Adriana Deffenti - Fico Assim Sem Você

  2. 2

    Adriana Deffenti - Tem Tainha

  3. 3

    Adriana Deffenti - A Fabrica do Poema

  4. 4

    Adriana Deffenti - Música Para a Psicoterapeuta

  5. 5

    Adriana Deffenti - 3/4

  6. 6

    Adriana Deffenti - A Fábrica do Poeta

  7. 7

    Adriana Deffenti - Âmbar

  8. 8

    Adriana Deffenti - Balangandans

  9. 9

    Adriana Deffenti - Berlim, Bom Fim

  10. 10

    Adriana Deffenti - Canção Sem Autor

  11. 11

    Adriana Deffenti - Capitu

  12. 12

    Adriana Deffenti - Cariocas

  13. 13

    Adriana Deffenti - Cha Cha Cha Moderno

  14. 14

    Adriana Deffenti - Controversa

  15. 15

    Adriana Deffenti - Devolva-me

  16. 16

    Adriana Deffenti - É Assim que Brinco

  17. 17

    Adriana Deffenti - El Tungue Le

  18. 18

    Adriana Deffenti - Foi No Mês que Vem

  19. 19

    Adriana Deffenti - Going To California

  20. 20

    Adriana Deffenti - Hino ao Rio Grande

  21. 21

    Adriana Deffenti - La Pomeña

  22. 22

    Adriana Deffenti - La Ventana

  23. 23

    Adriana Deffenti - Luca

  24. 24

    Adriana Deffenti - Medo De Amar

  25. 25

    Adriana Deffenti - Menina do Jornal

  26. 26

    Adriana Deffenti - Mírala

  27. 27

    Adriana Deffenti - O Recado Delas

  28. 28

    Adriana Deffenti - Peças de Pessoas

  29. 29

    Adriana Deffenti - Pelos Ares

  30. 30

    Adriana Deffenti - Pô, Amar É Importante!

  31. 31

    Adriana Deffenti - Quem Te Ensinou a Dançar?

  32. 32

    Adriana Deffenti - Samba Tango

  33. 33

    Adriana Deffenti - Sapatos em Copacabana

  34. 34

    Adriana Deffenti - Se Tudo Pode Acontecer

  35. 35

    Adriana Deffenti - Tabú

  36. 36

    Adriana Deffenti - Um Gato

  37. 37

    Adriana Deffenti - Voce Tá Bem

A Fábrica do Poeta

Adriana Deffenti

Sonho o poema de arquitetura ideal
Cuja própria nata de cimento
Encaixa palavra por palavra, tornei-me perito em extrair
Faíscas das britas e leite das pedras.
Acordo;
E o poema todo se esfarrapa, fiapo por fiapo.
Acordo;
O prédio, pedra e cal, esvoaça
Como um leve papel solto à mercê do vento e evola-se,
Cinza de um corpo esvaído de qualquer sentido
Acordo, e o poema-miragem se desfaz
Desconstruído como se nunca houvera sido.
Acordo! os olhos chumbados pelo mingau das almas
E os ouvidos moucos,
Assim é que saio dos sucessivos sonos:
Vão-se os anéis de fumo de ópio
E ficam-me os dedos estarrecidos.
Metonímias, aliterações, metáforas, oxímoros
Sumidos no sorvedouro.
Não deve adiantar grande coisa permanecer à espreita
No topo fantasma da torre de vigia
Nem a simulação de se afundar no sono.
Nem dormir deveras.
Pois a questão-chave é:
Sob que máscara retornará o recalcado?

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