(Caprichoso é o boi do povo!)
(Que não espera acontecer)
(É tempo de retomada!)
Em defesa do bem-viver
É tempo de retomada
Sou canto-luta a ecoar
Do ventre da terra-mãe
Nossa força vai brotar
Na esperança de um futuro
Do saber ancestral
Somos força, língua, arte
Sobre a dor colonial
É tempo de retomada
Sou canto-resistência em oblação
Gente preta construída
De memória e tradição
Sou cultura que resiste
No suor dessa nação
Que brinca de boi na rua
Fazendo revolução
(Há-êh-ah-ah, heya, há-êh-ah-ah)
Ô-ô-hô
É tempo de retomar
Sou o canto-cura a nos guiar
Gente, bicho, planta e água
Verde vida a reclamar
Sufocado, embevecido
Grito ao mundo: Vou viver!
Somos filhos desta terra
Lutando pra sobreviver
Somos mata, território
Nosso corpo em comunhão