- 1
César Oliveira - Paleteada
- 2
César Oliveira - Crescente Macharrona
- 3
César Oliveira - Os "Loco" Lá da Fronteira
- 4
César Oliveira - Pra Bailar de Cola Atada
- 5
César Oliveira - Milonga Maragata
- 6
César Oliveira - Com a Alma Presa na Espora
- 7
César Oliveira - De Vida e Tempo
- 8
César Oliveira - Romance do Mascarado
- 9
César Oliveira - Apaysanado
- 10
César Oliveira - O Sonho
- 11
César Oliveira - Lá Na Fronteira
- 12
César Oliveira - Metendo Ficha
- 13
César Oliveira - Cabanha Toro Passo
- 14
César Oliveira - Romance Dos Olhos Negros
- 15
César Oliveira - Poema a Moça da Janela
- 16
César Oliveira - Sob As Mangas do Aguaceiro
- 17
César Oliveira - Num Posto, Num Fim de Mundo
- 18
César Oliveira - O Que É Sagrado Pra Mim...
- 19
César Oliveira - Prego na Bota
- 20
César Oliveira - Retrato de Pampa e Invernada
- 21
César Oliveira - A Cusco e Mangaço
- 22
César Oliveira - Abagualado
- 23
César Oliveira - Ao Trote
- 24
César Oliveira - Cantiga para o meu Chão
- 25
César Oliveira - De Noite No Galpão
- 26
César Oliveira - Missioneiro
- 27
César Oliveira - Nos Galpões
- 28
César Oliveira - Ritual Crioulo pra um Domingo de Carreira
- 29
César Oliveira - Ronda de Tropa
- 30
César Oliveira - A Morte de Um Potro
- 31
César Oliveira - A Uma Tropilha Veiaca
- 32
César Oliveira - Baia Sebruna
- 33
César Oliveira - Bastos, Potros e Guitarras
- 34
César Oliveira - Bem Querença
- 35
César Oliveira - Campeiros
- 36
César Oliveira - Cavalinho de Pau
- 37
César Oliveira - Coplas de Um Tosador
- 38
César Oliveira - Coplas Para Um Dia de Chuva
- 39
César Oliveira - Da Alma De Dom Emílio
- 40
César Oliveira - Das Volteadas de Uma Estância
- 41
César Oliveira - De Quando um Malo se Bolca
- 42
César Oliveira - Empeçando a lida!
- 43
César Oliveira - Empurrando Tropa
- 44
César Oliveira - Estampa
- 45
César Oliveira - Humilde Coração
- 46
César Oliveira - Na Boca da Noite
- 47
César Oliveira - Na Presilha do Laço
- 48
César Oliveira - Na Solidão de Algum Posto
- 49
César Oliveira - No Rumo de um Coração
- 50
César Oliveira - O campo
- 51
César Oliveira - O Domador e a Milonga
- 52
César Oliveira - O Porque Dessas Milongas
- 53
César Oliveira - Por Ela
- 54
César Oliveira - Pra O Índio Que Gineteia
- 55
César Oliveira - Roçando as "Viria"
- 56
César Oliveira - Santo Chão
- 57
César Oliveira - Uma Milonga das Buenas
- 58
César Oliveira - A Boa Vista do Peão de Tropa
- 59
César Oliveira - A Dom Mário Villagran
- 60
César Oliveira - A Paixão
- 61
César Oliveira - A Saudade
- 62
César Oliveira - A Um Domador Que Se Foi
- 63
César Oliveira - Alma de Fronteira
- 64
César Oliveira - Ao Presentear Um Cavalo
- 65
César Oliveira - Assim Sou Eu e Me Vou
- 66
César Oliveira - Baile Gaúcho
- 67
César Oliveira - Bailongo de Fronteira
- 68
César Oliveira - Batendo Cangáia
- 69
César Oliveira - Chakay Manta
- 70
César Oliveira - Chasque Pra Dom Munhoz
- 71
César Oliveira - Chasque pra um Domador
- 72
César Oliveira - Chimarrão de Gosto Amargo
- 73
César Oliveira - Coplas de Andarengo
- 74
César Oliveira - Da Poesia do Meu Viver
- 75
César Oliveira - Das Coisas Simples da Gente
- 76
César Oliveira - De Campo e Alma
- 77
César Oliveira - De Estrela a Estrela
- 78
César Oliveira - De São Borja ao Batoví
- 79
César Oliveira - Depois da Lida
- 80
César Oliveira - Depois de um tiro de laço
- 81
César Oliveira - Desbocado e Sem Costeio
- 82
César Oliveira - Dueto das Invernias
- 83
César Oliveira - É Bem Assim...!
- 84
César Oliveira - Erguendo a Pátria nos Tentos
- 85
César Oliveira - Esta Milonga que Canto
- 86
César Oliveira - Eu não Refugo Bolada
- 87
César Oliveira - Floreios
- 88
César Oliveira - Garreado
- 89
César Oliveira - Gaúcha
- 90
César Oliveira - Hora do Sossego
- 91
César Oliveira - Imagens
- 92
César Oliveira - Lamento Posteiro
- 93
César Oliveira - Lâmpana
- 94
César Oliveira - Lavando a Égua
- 95
César Oliveira - Linguagem Pátria De Um Povo
- 96
César Oliveira - Machaço Confronto
- 97
César Oliveira - Mas que baita gauchada
- 98
César Oliveira - Menos Que Deus e Mais do Que Um Homem
- 99
César Oliveira - Meu Zaino Estrelo
- 100
César Oliveira - Milonga de Todo Laço
- 101
César Oliveira - Na Boca do Brete
- 102
César Oliveira - Na Estância do Sossego
- 103
César Oliveira - Na Forma
- 104
César Oliveira - Na Hora do Amargo
- 105
César Oliveira - Nestes Ermos de Fronteira
- 106
César Oliveira - No Cocho do Sal
- 107
César Oliveira - No desdobrar das auroras
- 108
César Oliveira - No Rastro de Uma Milonga
- 109
César Oliveira - Num Dia de Mormaço
- 110
César Oliveira - Pequenos Fragmentos de Um Ritual de Campo
- 111
César Oliveira - Por Um Abraço
- 112
César Oliveira - Prá Peonada da Estância
- 113
César Oliveira - Quando a Alma Abre As Porteiras
- 114
César Oliveira - Querência
- 115
César Oliveira - Refrão de Pampa e Guitarra
- 116
César Oliveira - Refugando o Novo Mundo
- 117
César Oliveira - Regalo
- 118
César Oliveira - Retoço sem freio
- 119
César Oliveira - Ritual Das Garças
- 120
César Oliveira - Romanceiro de Estrada e Posto
- 121
César Oliveira - Romaria dos Pirilampos
- 122
César Oliveira - Rosilho Maleva
- 123
César Oliveira - Sentimentos
- 124
César Oliveira - Sovando Amores e Penas
- 125
César Oliveira - Tirando o Boi do Rodeio
- 126
César Oliveira - Tranco de Fronteira
- 127
César Oliveira - Tropeando Para o Saladeiro
- 128
César Oliveira - Tropilhas e Ginetes
- 129
César Oliveira - Um milongão dos veiacos
- 130
César Oliveira - Versos Para Uma Flor
- 131
César Oliveira - Vida de Peão
- 132
César Oliveira - Xucro Ofício
Eu não Refugo Bolada
César Oliveira
O horizonte se adelgaça ao desacito
O sol branindo já nasce todo encarnado
De lombo arcado junto às barras do infinito
Depois que um trago de amargo me aquece a goela
E o meu sombreiro se guasqueia sobre a nuca
A cachorrada se alvorota retoçando
Adivinhando o corcóveo das éguas xucras
As minhas esporas são feitio do Tiarajú
Talvez por isso eu não refugue bolada
As garroneiras eu tirei dum bagual mouro
Metido a touro que se matou numa bolcada
Mas foi da anqueira da lonca de um boi fumaça
Que eu fiz com gosto um sovéu bem macharrão
Que se arrepia quando surge um desaforo
De atar o namoro de cucharra ou de tirão
A cavalhada lá do posto é caborteira
De vez em quando um crinudo se desgoverna
Faz que se assusta e mete as patas nas macegas
Ronca e se nega pra o paysano firmar a perna
Tem um lobuno e um baio cabeça preta
Marca porrada, contrabando da Argentina
E um colorado que de muito me conhece
Inté parece o diabo com couro por cima
Quando tem doma a china me alcança as garras
Reza por mim e aperta um nó no vestido
Pra que o pai velho me proteja a cada volta
Quando se solta corcoveando algum bolido
Pra que o palanque que eu cravei em frente ao rancho
Siga entonado a escorar golpe de potro
Pois algum dia o destino me golpeia
E me volteia pra alcançar garra pros outros!