Poderia fazer tudo pra livrar as nossas vidas 
 Desse inferno casual, mistério sem final 
 Amor parnasiano: Perfeito, descritivo e racional 
    Eu queria achar um jeito de esquecer essa loucura 
 De presente de natal, ovo de páscoa e carnaval 
 Não dependender demais dos outros 
 Comprar um carro e largar tudo no final   
 Por você posso até dar 
 Minha guitarra, meu caderno e meu sofá 
 Parava de escrever essa canção 
 Mas o jeito é fazer mesmo, sem parar pra não cair na contra-mão 
 Mas o jeito é fazer mesmo, não espere que hoje eu não passo aí não   
 Ser mais comunicativo, expressar mais o que sinto 
 Cuidado pra não machucar quem eu amo e quero estar 
 Sair um pouco mais de casa, ver meu amigos 
 Ir á praia e trabalhar   
 Esquecer que o mundo é um moinho sem reduzir as ilusões a pó 
 Ir a pé pra poconé, provar do dengo da mulher 
 Ser presidente do brasil, mandar pra puta que pariu 
 Tudo isso que nos fazem engolir   
 Por você posso contar mil histórias 
 Só pra te mostrar que a vida não é facil não 
 Mas respiro fundo e paro, ainda prefiro teu abraço em minhas mãos 
 E hoje olho o seu retrato, entre o real e o abstrato se ou não 
 E quando me perguntam falo, sobre mim eu escrevi essa canção