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    Ênio Medeiros - Poema do Mate da Saudade Longa

  2. 2

    Ênio Medeiros - Bicho da Chuva

  3. 3

    Ênio Medeiros - Daqui a 200 Anos

  4. 4

    Ênio Medeiros - Queimadas

  5. 5

    Ênio Medeiros - Esse Aporreado Conhaque

  6. 6

    Ênio Medeiros - Pedro Mamede

  7. 7

    Ênio Medeiros - E Assim Recorro Meus Dias

  8. 8

    Ênio Medeiros - Rancheira do Canário

  9. 9

    Ênio Medeiros - Ao Som de Um Bandoneon

  10. 10

    Ênio Medeiros - Arte, Coragem e Bravura

  11. 11

    Ênio Medeiros - Laço de Estrelas

  12. 12

    Ênio Medeiros - Mostrando a Cara

  13. 13

    Ênio Medeiros - Nas Estâncias

  14. 14

    Ênio Medeiros - Oração do Palanque

  15. 15

    Ênio Medeiros - Os Golpes do Conhaque

  16. 16

    Ênio Medeiros - Berro do Potro Mau

  17. 17

    Ênio Medeiros - Bugio do Paraíso

  18. 18

    Ênio Medeiros - Cavalo Das Américas

  19. 19

    Ênio Medeiros - Cozinheira, Alma da Estância

  20. 20

    Ênio Medeiros - Crioulo do Reculuta

  21. 21

    Ênio Medeiros - De Las Criollas de Allá

  22. 22

    Ênio Medeiros - Domas

  23. 23

    Ênio Medeiros - Livrando o Tirão

  24. 24

    Ênio Medeiros - Nas Ferrarias

  25. 25

    Ênio Medeiros - No Lombo do Cavalo

  26. 26

    Ênio Medeiros - o caminhão do Florentino

  27. 27

    Ênio Medeiros - Travessão de Cincha

  28. 28

    Ênio Medeiros - Vaneira Macharrona

  29. 29

    Ênio Medeiros - Versito da Estrela D'alva

Nas Estâncias

Ênio Medeiros

Hoje é domingo e amanheceu garoando
Fazem três dias que a invernia se acampou
É mês de julho já pendendo pra o agosto
E a aparição na estância se atrasou

O campo é longe, o abrigo é muito pouco
Nas casuarinas só o miumiu nas coxilhas
Não fosse a geada que chega arrasando tudo
Nem o carancho pra reforçar a vigília

Saio da estância emponchado e boa bota
Agasalhado pra enfrentar o frio da fronteira
Recorrer campo não é poesia em roda do fogo
Nem tomar mate pensando na cozinheira

No parador já duas borrega trancada
Boleei a perna fui forcejando no mais
Limpar o teto, bichinho tomar um calor
Pra se aquecer e deixar o frio pra trás

Uma borrega levantou e disparou
Lacei no pulo, fiz voltar pro cordeirinho
Maneei cruzado com tento meio comprido
Pra não deixar o filhote morrer sozinho

Saio da estância emponchado e boa bota
Agasalhado pra enfrentar o frio da fronteira
Recorrer campo não é poesia em roda do fogo
Nem tomar mate pensando na cozinheira

E no cavalo os arrelho tudo molhado
Poncho encharcado, as bota era um pirão
Aqui na estância camperiar não é rodeio
Se parte os campo no meio, os olho que é um patacão

Cordeiro morto tem que trazer pra estância
Tirar a pelzinha abrigado das taquareira
Não junta sorro, no campo não tem carniça
Esta é a lida dos gaúcho na fronteira

Saio da estância emponchado e boa bota
Agasalhado pra enfrentar o frio da fronteira
Recorrer campo não é poesia em roda do fogo
Nem tomar mate pensando na cozinheira

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