1. 1

    Silvio Caldas - Casinha Pequenina

  2. 2

    Noite Ilustrada - Toalha De Mesa / Idade De Fazer Bobagem / Marina / Balada nº 7 / O Neguinho E A Senhorita / Volta Por Cima

  3. 3

    Anísio Silva - Alguém Me Disse

  4. 4

    Trio Irakitan - Aqueles Olhos Verdes

  5. 5

    Dalva de Oliveira - Pedro, Antônio e João

  6. 6

    Vitorino - Menina Estás À Janela

  7. 7

    Carlos Galhardo - Fascinação

  8. 8

    Fabrizio De André - Bocca Di Rosa

  9. 9

    Adelino Moreira - A Volta do Boêmio (boemia)

  10. 10

    Mauro Celso - Bilu-tetéia

  11. 11

    Bienvenido Granda - Perfume de Gardenia

  12. 12

    Agnaldo Timóteo - Mãezinha Querida

  13. 13

    Vicente Celestino - O Ébrio

  14. 14

    Emilinha Borba - Marcha do Remador

  15. 15

    Nora Ney - Ninguém Me Ama

  16. 16

    Roberto Muller - Entre Espumas

  17. 17

    Ernesto Nazareth - Odeon

  18. 18

    Francisco Alves - Pula a Fogueira

  19. 19

    Ataulfo Alves - Meus Tempos de Criança

  20. 20

    Francisco Petrônio - Quem Sabe

  21. 21

    Raul Gil - Banquinho

  22. 22

    Isaurinha Garcia - Mensagem

  23. 23

    The Andrews Sisters - Civilization (Bongo, Bongo, Bongo)

  24. 24

    Augusto Calheiros - Mané Fogueteiro

  25. 25

    Lamartine Babo - Hino do Botafogo

  26. 26

    Francisco Alves - Aquarela do Brasil

  27. 27

    Vicente Celestino - Mia Gioconda

  28. 28

    Vicente Celestino - Casinha da Colina

  29. 29

    Lamartine Babo - Chegou a Hora da Fogueira

  30. 30

    Ataulfo Alves - Ai Que Saudades da Amélia

  31. 31

    Ataulfo Alves - Atire a Primeira Pedra

  32. 32

    Francisco Petrônio - Único Amor

  33. 33

    Francisco Petrônio - Baile da Saudade

  34. 34

    Dalva de Oliveira - Canção do Marinheiro (Cisne Branco)

  35. 35

    Dalva de Oliveira - Ai Ioiô (Linda Flor)

  36. 36

    Silvio Caldas - Chão de Estrelas

  37. 37

    Silvio Caldas - Noite Cheia de Estrelas

  38. 38

    Noite Ilustrada - O Neguinho e a Senhorita

  39. 39

    Noite Ilustrada - Idade De Fazer Bobagem

  40. 40

    Agnaldo Timóteo - A Casa do Sol Nascente

  41. 41

    Vitorino - Queda do Império

  42. 42

    Vitorino - Maria da Fonte

  43. 43

    Carlos Galhardo - ROSA MARIA

  44. 44

    Francisco Alves - Maria Helena

  45. 45

    Francisco Alves - Adeus, Cinco Letras Que Choram

  46. 46

    Lamartine Babo - Hino do Vasco da Gama

  47. 47

    Dalva de Oliveira - Bandeira Branca

  48. 48

    Agnaldo Timóteo - Os Verdes Campos da Minha Terra

  49. 49

    Agnaldo Timóteo - Quem É

  50. 50

    Carlos Galhardo - Bodas de prata

  51. 51

    Dalva de Oliveira - As Pastorinhas

  52. 52

    Agnaldo Timóteo - A Galeria do Amor

  53. 53

    Francisco Alves - A Malandragem

  54. 54

    Lamartine Babo - Isto É Lá Com Santo Antônio (Marcha/ Festa Junina)

  55. 55

    Lamartine Babo - Vaca Amarela

Nasci artista
Fui cantor
Ainda pequeno levaram-me para uma escola de canto
O meu nome, pouco a pouco, foi crescendo, crescendo
Até chegar aos píncaros da glória

Durante a minha trajetória artística tive vários amores
Todas elas juravam-me amor eterno
Mas acabavam fugindo com outros
Deixando-me a saudade e a dor
Uma noite, quando eu cantava a Tosca
Uma jovem da primeira fila atirou-me uma flor
Essa jovem veio a ser mais tarde a minha legítima esposa
Um dia, quando eu cantava A Força do Destino
Ela fugiu com outro, deixando-me uma carta, e na carta um adeus
Não pude mais cantar

Mais tarde, lembrei-me que ela, contudo
Me havia deixado um pedacinho de seu eu: A minha filha
Uma pequenina boneca de carne que eu tinha o dever de educar
Voltei novamente a cantar mas só por amor à minha filha
Eduquei-a, fez-se moça, bonita
E uma noite, quando eu cantava ainda mais uma vez A Força do Destino
Deus levou a minha filha para nunca mais voltar

Daí pra cá eu fui caindo, caindo
Passando dos teatros de alta categoria para os de mais baixa
Até que acabei por levar uma vaia cantando em pleno picadeiro de um circo
Nunca mais fui nada
Nada, não!
Hoje, porque bebo a fim de esquecer a minha desventura, chamam-me ébrio
Ébrio

Tornei-me um ébrio na bebida, busco esquecer
Aquela ingrata que eu amava e que me abandonou
Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer
Não tenho lar e nem parentes, tudo terminou
Só nas tabernas é que encontro meu abrigo
Cada colega de infortúnio é um grande amigo
Que embora tenham, como eu, seus sofrimentos
Me aconselham e aliviam os meus tormentos
Já fui feliz e recebido com nobreza até
Nadava em ouro e tinha alcova de cetim
E a cada passo um grande amigo que depunha fé
E nos parentes... Confiava, sim!
E hoje ao ver-me na miséria, tudo vejo então
O falso lar que amava e que a chorar deixei
Cada parente, cada amigo, era um ladrão
Me abandonaram e roubaram o que amei
Falsos amigos, eu vos peço, imploro a chorar
Quando eu morrer, à minha campa nenhuma inscrição
Deixai que os vermes pouco a pouco venham terminar
Este ébrio triste, este triste coração
Quero somente que na campa em que eu repousar
Os ébrios loucos como eu venham depositar
Os seus segredos ao meu derradeiro abrigo
E suas lágrimas de dor ao peito amigo

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