1. 1

    Hélio Ziskind - Corre Cutia

  2. 2

    Hélio Ziskind - Cocoricó [Abertura]

  3. 3

    Hélio Ziskind - Tu Tu Tu Tupi

  4. 4

    Hélio Ziskind - Ratinho Tomando Banho

  5. 5

    Hélio Ziskind - O sapo não lava o pé

  6. 6

    Hélio Ziskind - Chuva, Chuvisco, Chuvarada

  7. 7

    Hélio Ziskind - É Melhor Fechar a Torneira

  8. 8

    Hélio Ziskind - Vitamina Tutti Frutti

  9. 9

    Hélio Ziskind - Carteiro!...

  10. 10

    Hélio Ziskind - A Noite No Castelo

  11. 11

    Hélio Ziskind - O Longo Caminho da Água

  12. 12

    Hélio Ziskind - Onça-Pintada

  13. 13

    Hélio Ziskind - Rap do Reciclar

  14. 14

    Hélio Ziskind - Marinheiro só

  15. 15

    Hélio Ziskind - Uma Bolinha Marrom

  16. 16

    Hélio Ziskind - Banho de Aventura

  17. 17

    Hélio Ziskind - Cocoricó

  18. 18

    Hélio Ziskind - Ratinho Escovando Os Dentes

  19. 19

    Hélio Ziskind - Acampar

  20. 20

    Hélio Ziskind - Canção Dos Morcegos

  21. 21

    Hélio Ziskind - Era Um Dia Desses...

  22. 22

    Hélio Ziskind - Nós

  23. 23

    Hélio Ziskind - O Elefante e a Joaninha

  24. 24

    Hélio Ziskind - Ói Que Coisa Boa

  25. 25

    Hélio Ziskind - Trava-línguas

  26. 26

    Hélio Ziskind - A História do Incêndio do Jequitibá de Carangola

  27. 27

    Hélio Ziskind - Amanheceu

  28. 28

    Hélio Ziskind - Canção Para o Tio Franz

  29. 29

    Hélio Ziskind - Carta da Clarinha

  30. 30

    Hélio Ziskind - Castelo Rá-Tim-Bum

  31. 31

    Hélio Ziskind - Esquenta, Esfria, Vira Gelo

  32. 32

    Hélio Ziskind - Lá Vem a História: Plutão

  33. 33

    Hélio Ziskind - Meu Querido Paiol

  34. 34

    Hélio Ziskind - Nos Dias Quentes De Verão

  35. 35

    Hélio Ziskind - O Homem Às Vezes Não Pensa

  36. 36

    Hélio Ziskind - O Rio Tem Cachoeira

  37. 37

    Hélio Ziskind - Plutão

  38. 38

    Hélio Ziskind - Saquinho Plástico

  39. 39

    Hélio Ziskind - A Metamorfose Das Borboletas

  40. 40

    Hélio Ziskind - Anos 2000 - Pra Sempre Tricolor

  41. 41

    Hélio Ziskind - Canção da Caminhada Até o Topo da Montanha

  42. 42

    Hélio Ziskind - E Foi Assim

  43. 43

    Hélio Ziskind - Encerramento

  44. 44

    Hélio Ziskind - Galopar

  45. 45

    Hélio Ziskind - Nomes Pra Não Esquecer

  46. 46

    Hélio Ziskind - O Contrário Do Medo

  47. 47

    Hélio Ziskind - O Foguete Tricolor Vai Decolar

  48. 48

    Hélio Ziskind - Pequenas Histórias

  49. 49

    Hélio Ziskind - Piquenique No Quintal

  50. 50

    Hélio Ziskind - Viajando Pelo Tempo

  51. 51

    Hélio Ziskind - 1933

  52. 52

    Hélio Ziskind - A Carta do Galileu

  53. 53

    Hélio Ziskind - Boi da Cara Preta

  54. 54

    Hélio Ziskind - Bola No Barbante

  55. 55

    Hélio Ziskind - E a Gente Se Abraçou

  56. 56

    Hélio Ziskind - E Se

  57. 57

    Hélio Ziskind - Era Uma Vez Um Lugar

  58. 58

    Hélio Ziskind - Escureceu

  59. 59

    Hélio Ziskind - Eu Vi Uma Barata / Caranguejo (palma Pé)

  60. 60

    Hélio Ziskind - Leônidas

  61. 61

    Hélio Ziskind - Marchinha da Sereia

  62. 62

    Hélio Ziskind - Moramos Numa Casa Fria

  63. 63

    Hélio Ziskind - Moro na Villa Lelê

  64. 64

    Hélio Ziskind - Nós Somos Gelo

  65. 65

    Hélio Ziskind - O começo de tudo

  66. 66

    Hélio Ziskind - O Galileu Cantou!

  67. 67

    Hélio Ziskind - Porfírio da Paz

  68. 68

    Hélio Ziskind - Porque Sim Não É Resposta

  69. 69

    Hélio Ziskind - Raios e Trovões

  70. 70

    Hélio Ziskind - Satélite

  71. 71

    Hélio Ziskind - Sob o Domínio do Frevo

  72. 72

    Hélio Ziskind - Sono de Gibi

  73. 73

    Hélio Ziskind - Sorriso de Jequitibá

  74. 74

    Hélio Ziskind - Terreninho Não, Terrenão

  75. 75

    Hélio Ziskind - Um Beijo

  76. 76

    Hélio Ziskind - Um Mapa!

  77. 77

    Hélio Ziskind - Uma Moeda

  78. 78

    Hélio Ziskind - Villa Lelê

  79. 79

    Hélio Ziskind - X-tudo E O Avestruz

  80. 80

    Hélio Ziskind - Xtudo e o Avestruz

A História do Incêndio do Jequitibá de Carangola

Hélio Ziskind

Um dia, chegaram uns homens, procurando árvores pra cortar;
cortavam e levavam pra vender.

Encontaram o Jequitibá de Carangola, mas não cortaram. Sabem porque?
O tronco era muito grosso... eles não tinham serra daquele tamanho.
E mesmo que pudessem cortar, não teriam força pra carregar.
Até para os cortadores de árvores, o jequitibá era gigante.

Cortaram toda a mata em volta... só o gigante escapou.

Passou o tempo, Carangola cresceu, e o gigante cresceu mais ainda.
Ficou famoso... muita gente veio ver...
olhavam pra ele, tiravam fotografia, faziam poesia, brincavam perto dele
abraçavam seu tronco, eram amigos do gigante

...e até cuidaram dele quando, um dia, um galho caiu...

Era um galho enorme, ficava lá no alto. Umas lesmas gigantes que moravam no Jequitibá
comeram uma parte da madeira, e com o tempo, o galho quebrou e caiu (blééhhh...).
A terra tremeu.

Arrancou um pedaço da casca, e deixou um buraco no tronco...

Os amigos vieram, montaram uma espécie de escada de ferro bem alta, e um professor de Biologia subiu até o buraco e fez um curativo. Passou uma espécie de tinta azul pra madeira não apodrecer. Foi bom, deu certo. Foi bom, uh... uh...

Olhavam pra ele, tiravam fotografia, faziam poesia, brincavam perto dele
abraçavam seu tronco, eram amigos do gigante

Mas o gigante tinha um inimigo, um inimigo mortal.
E um dia, sexta feira, esse inimigo mortal foi até o Jequitibá, jogou gasolina e pôs fogo.
Pôs fogo e fugiu. Começou um incêndio como nunca se viu. Um incêndio numa árvore só.
A mata em volta intacta, só o Jequitibá queimando...

Por sorte, naquele dia de azar, um amigo tinha ido visitar o Jequitibá e viu o fogo...
voltou correndo, avisou os amigos, vieram todos, imediatamente...
o fogo era enorme...o rio era longe...apagar como?

Pegaram um trator. Jogaram terra no tronco, terra prá abafar o fogo. Abafaram as chamas.
Mas o fogo virou brasa. E brasa foi queimando o tronco por dentro, queimando e subindo
o tronco por dentro. A árvore estalava, soltava fumaça, parecia uma chaminé... Era muito grave,
precisavam de ajuda... Chamaram bombeiros, polícia florestal, jornal, televisão e começou:
a Luta da Água Contra o Fogo.

Os homens vieram com um caminhão-pipa... (pipa...)... Enchiam o caminhão no Rio Carangola,
subiam a estradinha até o Jequitibá, e esguichavam, esguichavam, o dia inteiro sem parar.
10 caminhões de água por dia, esguichando de manhã até de noite, 3 dias sem parar...
mas o fogo não apagava.

O tempo que caminhão levava pra ir até o rio e voltar, o fogo já tinha crescido tudo de novo.
E pra piorar, começou a chover.
A chuva não apagava o fogo, mas a estrada virou lama, e o caminhão não conseguia mais subir.
Os homens entristeceram... o fogo ia vencer... o Jequitibá ia queimar até morrer.

Mas...

Quem espera sempre alcança (três vezes salve a esperança) porque a chuva de repente parou.
E os homens, com uma serra, abriram uma janela e entraram no tronco.

Dentro do tronco era quente como um forno...caíam pedaços de madeira...
e um homem segurava uma mangueira apontada para o alto...
jogando água no coração do fogo...
(shhhh...)

esguichando de manhã até de noite 3 dias sem parar...
(shhh...)

até que o fogo, finalmente, apagou.

Os amigos ficaram de boca aberta. O fogo tinha feito uma caverna. Cabiam oito homens dentro do tronco. Era uma caverna com paredes de carvão. Mas talvez quebrasse com o vento. Talvez a
seiva não pudesse mais subir. Talvez o Jequitibá não fosse resistir.

Os amigos, inconformados, perguntavam por quê? Por quê?
Por causa de um gigante, um homem do mal, com arma de fogo
lutou com os homens do bem e suas espadas de água.
O fogo morreu. Talvez o gigante também.

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