Pego a tua mão bem de leve
Qual floco de neve embala meu sono
Pego depois a penugem
De um maço de nuvem
Inventa-me um sonho
Depois, no atalho, descubro a paisagem
Que às 11 mil virgens neguei desvendar
Recebo o meu pólen e minhas fortunas
Se deixe em vertigens
Tortura e ais
Se não, vou-me embora, te deixo ao léu
Te furto uma estrela
Te roubo teu céu
Pego a tua mão bem de leve
Qual floco de neve embala meu sono
Pego depois a penugem
De um passarinho nas nuvens
Guardo a penugem num frasco de sonho
Depois, em cuidados, desvendo a paisagem
Aquela que aos ventos neguei revelar
Recebo o teu pólen, tuas oferendas
Me cubro de rendas e vou te encontrar
E vamos embora
Cobertos de véus
Poeira de estrelas
Perdidas no céu