Ninguém sabe se a morte é virgula, ponto-e-vírgula ou ponto final 
 No interior, quando morre um cumpade 
 Mas desses cumpade de alma boa e manso viver 
 Aí o matuto, lamentando essa perda, diz 
 A morte é um doido limpando mato 
 A morrença dos meus cumpade trata dessa edição de capa dura da vida 
    Mas como é que pode? 
 Dois caba tá vivo 
 Forgoso, garboso 
 Da vida se rir 
 Os coro da testa sem nunca franzir 
 Disposto na luta 
 Lutando contente 
 Sem mesmo tá canso de ser um vivente 
 Um corre pro sul mode pogridir 
 O outro pogrede mesmo por aqui 
 A morte carrega os dois indivíduo 
 Dá uma descurpa 
 Morreu por ter ido 
 O outro, coitado, morreu de num ir   
 Cumpade Coitim bateu a biela 
 Sem frei nas estrada, em riba dum fó 
 Pedim defuntou-se no mei dum forró 
 Honório pifou com a mão na bainha 
 Quem enviuvou Gorete e Ritinha 
 Foi João cascavé e Bento cotó 
 Bié de Zé Tôta fechou o paletó 
 Mudou-se pro céu cumpade Biliu 
 Cumpade Zé Danta ninguém nunca viu 
 Mas dizem que foi-se daqui pra mió   
 Quem bateu as bota foi Zé Bacamarte 
 Findou-se de vez cumpade Zulu 
 Quem empacotou-se com tanta pitu 
 Foi Pinga, Meloso, Meota e Topada 
 Ginura já tava na última morada 
 Quando pediu baixa o vaqueiro zebu 
 Foi pro beleléu nas bandas do sul 
 Veúca, Moreno, Ponês e Zezim 
 Mimosa se foi que nem passarim 
 Baixou sete palmos, Luis do Exu   
 Deu uma roleta lá no meio da feira 
 Juntou-se um bocado com seu criador 
 Deu adeus ao mundo Mané vendedor 
 Foi chegada a hora de Biu das jumenta 
 Foi pro rol dos bom, cumpade Pimenta 
 Biu Pêdo Firmino por fim descansou 
 Disseram que Nino também botoou 
 Sargento já foi promovido a defunto 
 Tiraram Cirila de lá de pé junto   
 Perdi meu cumpade 
 Não sei quando eu vou