Tava no beiço do rio numa pesca de anzol 
 Só escutava as foiage, o cantar dos curió 
 Dos tiziu dos caboré, dos nambu garachué 
 Patativa e rouxinol 
    Fiquei ali banzarando, amiudando o pensar 
 Pois tando o cabra pescando, não carece sulerá 
 Magino... Desimagino 
 Louvado seja o divino, criador desse lugar!   
 No silêncio dessa pesca, quase nada me aperreia 
 Avoa por riba d'água, dois zig-zig em pareia 
 Oh vidinha sussegada 
 Nois véve de polegada mas sonha de légua e meia   
 Acabei a pescaria, ajuntei toda a pescada 
 Fui chegando no terreiro, eita mundão de zoada! 
 É cumade miguelina acabando uma faxina 
 Com mais duas empregadas   
 Traz o balde! 
 Joga o rodo! 
 Tô com os quarto que num aguento! 
 O pato cagou na sala! 
 Cadê ele? 
 Tá lá dento! 
 Sai daqui excomungado! 
 Queré-qué-qué 
 Hoje eu te mato 
 Ah basta mulher, ah basta! 
 Ô diacho que bixo chato! 
 Varei-te! 
 Quará-quá-quá! 
 Que diabo é isso acolá? 
 O bixo cagou no quarto!   
 Voltei ligeiro pro rio, tirei ligeiro o sapato 
 Ligeiro fui sossegando e espalhei logo o boato 
 Pra toda rapaziada, que nada faz mais zoada 
 Que três mulher e um pato!