1. 1

    Juliana Andrade e Jucimara - A Enxada e a Caneta (a Caneta e a Enxada)

  2. 2

    Juliana Andrade e Jucimara - A Coroa É Meu Chapéu

  3. 3

    Juliana Andrade e Jucimara - Beleza Divina

  4. 4

    Juliana Andrade e Jucimara - Bolha de Sabão

  5. 5

    Juliana Andrade e Jucimara - Brincando Com As Cordas

  6. 6

    Juliana Andrade e Jucimara - Canoeira do Araguaia

  7. 7

    Juliana Andrade e Jucimara - Carro de Boi

  8. 8

    Juliana Andrade e Jucimara - Casal Sem Juízo

  9. 9

    Juliana Andrade e Jucimara - Coração da Natureza

  10. 10

    Juliana Andrade e Jucimara - Derramado Na Paixão

  11. 11

    Juliana Andrade e Jucimara - Entre Ais

  12. 12

    Juliana Andrade e Jucimara - Falou e Disse

  13. 13

    Juliana Andrade e Jucimara - Felicidade

  14. 14

    Juliana Andrade e Jucimara - Herança de Pai

  15. 15

    Juliana Andrade e Jucimara - Invernada da Recordação

  16. 16

    Juliana Andrade e Jucimara - Mão Fechada

  17. 17

    Juliana Andrade e Jucimara - O Voo da Borboleta

  18. 18

    Juliana Andrade e Jucimara - Pagode do Século

  19. 19

    Juliana Andrade e Jucimara - Perto do Coração

  20. 20

    Juliana Andrade e Jucimara - Por Telefone

  21. 21

    Juliana Andrade e Jucimara - Tributo a Goiás

  22. 22

    Juliana Andrade e Jucimara - Viola No Luar

  23. 23

    Juliana Andrade e Jucimara - Violeira do Universo

A Enxada e a Caneta (a Caneta e a Enxada)

Juliana Andrade e Jucimara

Certa vez uma caneta
Foi passear lá no sertão
Encontrou com uma enxada
Fazendo uma plantação
A enxada muito humilde
Foi lhe fazer saudação
Mas a caneta soberba
Não quis pegar na sua mão
E ainda por desafora
Lhe passou uma repreensão

Disse a caneta pra enxada
Não vem perto de mim não
Você está suja de terra
De terra suja do chão
Sabe com quem está falando?
Veja sua posição
E não esqueça a distância
Da nossa separação

Sou a caneta dourada
Que escreve nos tabelião
Eu escrevo pros governos
As leis da constituição
Escrevo em papel de linho
Pros ricaço e pros barão
Só ando nas mãos dos mestres
Dos homens de posição

A enxada respondeu
De fato eu vivo no chão
Pra poder dar o que comer
E vestir o seu patrão
Eu vim no mundo primeiro
Quase no tempo de Adão
Se não fosse o meu sustento
Ninguém tinha instrução

Vai-te caneta orgulhosa
Vergonha da geração
A sua alta nobreza
Não passa de pretensão
Você diz que escreve tudo
Tem uma coisa que não
É a palavra bonita
Que se chama educação

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