Chamei o sono veio você
 
 Você na folha do paricá
 
 Pastei nos campos de Oxelê
 
 Deitei na rede do Grão Pará
 
  
  Pisei a nuvem que não se vê
 
 Vesti o manto de Iemanjá
 
 Fechei o corpo não sei por que
 
 Pedi cachaça com guaraná
  
 
 E de repente se fez a semente
 
 Em quarto crescente a lua brilhou
 
 Brilhou sobre o lago parado
 
 Recanto encantado num canto de amor
  
 
 Abri os braços em tantos abraços
 
 Lenços e laços que a noite lançou
 
 Lançou na maré da vazante
 
 Várzeas e ventos na voz que chegou