1. 1

    Luis Carlos Borges - Morocha

  2. 2

    Luis Carlos Borges - Peão do meu bagé

  3. 3

    Luis Carlos Borges - Florêncio Guerra

  4. 4

    Luis Carlos Borges - Baile De Fronteira

  5. 5

    Luis Carlos Borges - Coração de Gaiteiro

  6. 6

    Luis Carlos Borges - Romance da Tafona

  7. 7

    Luis Carlos Borges - Tristeza Chamamecera

  8. 8

    Luis Carlos Borges - A Copla de Assoviar Solito

  9. 9

    Luis Carlos Borges - Baile de Corredor

  10. 10

    Luis Carlos Borges - Caçapavana

  11. 11

    Luis Carlos Borges - Canção de Amor

  12. 12

    Luis Carlos Borges - Canção de Sabão

  13. 13

    Luis Carlos Borges - Cavalo Crioulo

  14. 14

    Luis Carlos Borges - Despetalada

  15. 15

    Luis Carlos Borges - Devaneio

  16. 16

    Luis Carlos Borges - Fogo no Fole

  17. 17

    Luis Carlos Borges - Há Muito Tempo é Assim

  18. 18

    Luis Carlos Borges - Intermezzo De Rosa

  19. 19

    Luis Carlos Borges - Lida de Cósteiro

  20. 20

    Luis Carlos Borges - Me Hijo Me Ha Pedido Un Chamané

  21. 21

    Luis Carlos Borges - Milonga Para Puta Rossaura

  22. 22

    Luis Carlos Borges - Milongão De Lançar Touro

  23. 23

    Luis Carlos Borges - Missioneira

  24. 24

    Luis Carlos Borges - Na Garupa Do Baião

  25. 25

    Luis Carlos Borges - Noites, pernas e guitarra

  26. 26

    Luis Carlos Borges - O Mouro e o Freio de Ouro

  27. 27

    Luis Carlos Borges - Para Moça Rosa

  28. 28

    Luis Carlos Borges - Pedro Canoero

  29. 29

    Luis Carlos Borges - Portal

  30. 30

    Luis Carlos Borges - Romance de Rosa Plena

  31. 31

    Luis Carlos Borges - Vidro nos Olhos

Despetalada

Luis Carlos Borges

Tem quarto, dona Isolina?
A rosa, mas quem diria
É pra ver, dona Isolina
Então voltou a ser china?
E seu amigo brigaram?
Brigamos. Me pôs pra rua
Cortou-me a carne e as asas
E a mim, agora, o que resta
Se não voltar pras casas?

Tinha quarto para a Rosa
No cabaré da Isolina
Cama, bidê e bacia
Mais a lâmpada azulada
Uma flor despetalada
Na ponta magra de um fio.

Rosa pendura nos pregos
Seus restos de amigação
Salvados de seus naufrágio
De corpo e de coração
Suas rendas e seus risos
Anéis, berloques de guisos
Lembranças de deserança
Queimando como tições

Vinte anos de cansaços
Se estiram sobre o lençol
Onde manchas pardacentas
São como escarros de sol

Nunca digas dessa água
Não beberei. Vem o dia
E Rosa o vive morrendo
Em que um esgoto escorrendo
Sabe a puros de cacimba

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