É tarde e a cidade parece dormir E eu quero ficar acordado
Perguntas-me o porquê de me estar a rir Tenho o segredo mais bem guardo
E no abraço apertado Cantamos aquela canção
Entre a pressa e o desejo Secreta paixão Rodamos entre 4 paredes
Com a força de um beijo Tiras-me o chão Corpo seco, que mata a sede
E ri-mos como crianças Talvez já nem haja amanhã
Como a força do mar num porto qualquer És a calma de um rio nessa pele de mulher Como chama que arde e se apaga a seguir És passado, és presente És futuro que há-de vir Como o ar que me falta e se aperta no peito És a palavra certa no poema perfeito Como brisa que vem numa tarde de Verão És a voz no silêncio…